quinta-feira, 30 de abril de 2015

Apocalipse 21

Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". Aquele que estava assentado no trono disse: "Estou fazendo novas todas as coisas!" E acrescentou: "Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança". Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho. Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte". Um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas aproximou-se e me disse: "Venha, eu lhe mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro". Ele me levou no Espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus. Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho era como o de uma jóia muito preciosa, como jaspe, clara como cristal. Tinha uma grande e alta muralha com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. Havia três portas ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente. A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. O anjo que falava comigo tinha como medida uma vara feita de ouro, para medir a cidade, suas portas e seus muros. A cidade era quadrangular, de comprimento e largura iguais. Ele mediu a cidade com a vara; tinha dois mil e duzentos quilômetros de comprimento; a largura e a altura eram iguais ao comprimento. Ele mediu a muralha, e deu sessenta e cinco metros de espessura, segundo a medida humana que o anjo estava usando. A muralha era feita de jaspe e a cidade de ouro puro, semelhante ao vidro puro. Os fundamentos das muros da cidade eram ornamentados com toda sorte de pedras preciosas. O primeiro fundamento era ornamentado com jaspe; o segundo com safira; o terceiro com calcedônia; o quarto com esmeralda; o quinto com sardônio; o sexto com sárdio; o sétimo com crisólito; o oitavo com berilo; o nono com topázio; o décimo com crisópraso; o décimo primeiro com jacinto; e o décimo segundo com ametista. As doze portas eram doze pérolas, cada porta feita de uma única pérola. A rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente. Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo. A cidade não precisa de sol nem de lua para brilharem sobre ela, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua candeia. As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória. Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite. A glória e a honra das nações lhe serão trazidas. Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro.


Neste momento não há mais coisas ruins. Toda a criação é restaurada. A visão da nova Jerusalém há aspectos que se assemelham ao Éden, ao tabernáculo, ao templo e a Jerusalém. Nesta nova ordem Deus habitará no meio dos homens. As pedras preciosas da roupa do sacerdote (Ex.28) estão na relação das pedras dos muros da nova Jerusalém. A descrição da cidade lembra o santo dos santos e representa a união dos céus e terra, simbolizando a habitação plena de Deus com os homens, o que fora perdido na época do Éden.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Apocalipse 20

Vi descer do céu um anjo que trazia na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. (O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos. Quando terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar. As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou. O diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre. Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, de pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado no lago de fogo.


A interpretação sobre a prisão de Satanás é controversa. Há os que entendem que significa a vitoria da igreja através dos tempos quando o evangelho foi espalhado pela terra, sendo o tempo de mil anos apenas uma simbologia. Para estes a primeira ressurreição será a espiritual, com a conversão e na segunda a que todos comparecerão diante de Deus. Os mil anos seria um período no qual a atuação de Satanás seria diminuída. Outros entendem que, este período e a prisão a que se refere, será literal e no futuro para que Cristo reine aqui na terra. Para estes haverá duas ressurreições, uma com o arrebatamento da igreja e ao final a segunda para os que serão condenados. O entendimento da maior parte dos teólogos é pela não existência literal de uma batalha, bem como apenas uma ressurreição. A preocupação das pessoas com a morte não deveria ser de morrer mais tarde, mas de não morrer duas vezes.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Apocalipse 19

Depois disso ouvi no céu algo semelhante à voz de uma grande multidão, que exclamava: "Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, pois verdadeiros e justos são os seus juízos. Ele condenou a grande prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição. Ele cobrou dela o sangue dos seus servos". E mais uma vez a multidão exclamou: "Aleluia! A fumaça que dela vem, sobe para todo o sempre". Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, e exclamaram: "Amém, Aleluia!" Então veio do trono uma voz, conclamando: "Louvem o nosso Deus, todos vocês, seus servos, vocês que o temem, tanto pequenos como grandes!" Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: "Aleluia! pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Foi-lhe dado para vestir-se linho fino, brilhante e puro". O linho fino são os atos justos dos santos. E o anjo me disse: "Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!" E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de Deus". Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: "Não faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de profecia". Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos do céu o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. "Ele as governará com cetro de ferro". Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. Vi um anjo que estava de pé no sol e que clamava em alta voz a todas as aves que voavam pelo meio do céu: "Venham, reúnam-se para o grande banquete de Deus, para comerem carne de reis, generais e poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos: livres e escravos, pequenos e grandes". Então vi a besta, os reis da terra e os seus exércitos reunidos para guerrearem contra aquele que está montado no cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais miraculosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Os demais foram mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo. E todas as aves se fartaram com a carne deles.


O texto começa nos fazendo lembrar que toda a maldade será exterminada com a queda da Babilônia e a volta do Cordeiro. O Rei toma o lugar da "rainha", a grande meretriz. Ele sim, é digno de ser adorado. Sequer o anjo que aparece a João merece ser adorado. O cavaleiro do cavalo branco é o próprio Cristo. Ele vem para governar e executar o juízo. Por mais que as forças do mal tenha se unido para a batalha final elas jamais poderiam resistir. Assim, há o ensinamento de que apenas Deus deve ser adorado e seguido. Qualquer outro que adoremos ou sigamos nos levará a perdição final.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Apocalipse 18

Depois disso vi outro anjo que descia do céu. Tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada por seu esplendor. E ele bradou com voz poderosa: "Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou habitação de demônios e antro de todo espírito imundo antro de toda ave impura e detestável, pois todas as nações beberam do vinho da fúria da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela; à custa do seu luxo excessivo os negociantes da terra se enriqueceram". Então ouvi outra voz do céu que dizia: "Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam! Pois os pecados da Babilônia acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos seus crimes. Retribuam-lhe na mesma moeda; paguem-lhe em dobro pelo que fez; misturem para ela uma porção dupla no seu próprio cálice. Façam-lhe sofrer tanto tormento e tanta aflição como a glória e o luxo a que ela se entregou. Em seu coração ela se vangloriava: ‘Estou sentada como rainha; não sou viúva e jamais terei tristeza’. Por isso num só dia as suas pragas a alcançarão: morte, tristeza e fome, e o fogo a consumirá, pois poderoso é o Senhor Deus que a julga. "Quando os reis da terra, que se prostituíram com ela e participaram do seu luxo, virem a fumaça do seu incêndio, chorarão e se lamentarão por ela. Amedrontados por causa do tormento dela, ficarão de longe e gritarão: ‘Ai! A grande cidade! Babilônia, cidade poderosa! Em apenas uma hora chegou a sua condenação!’ "Os negociantes da terra chorarão e se lamentarão por causa dela, porque ninguém mais compra a sua mercadoria: artigos como ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; linho fino, púrpura, seda e tecido vermelho; todo tipo de madeira de cedro e peças de marfim, madeira preciosa, bronze, ferro e mármore; canela e outras especiarias, incenso, mirra e perfumes, vinho e azeite de oliva; farinha fina e trigo, bois e ovelhas, cavalos e carruagens, e corpos e almas de seres humanos. "Eles dirão: ‘Foram-se as frutas que tanto lhe apeteciam! Todas as suas riquezas e todo o seu esplendor se desvaneceram; nunca mais serão recuperados’. Os negociantes dessas coisas, que enriqueceram à custa dela, ficarão de longe, amedrontados com o tormento dela, e chorarão e se lamentarão, gritando: ‘Ai! A grande cidade, vestida de linho fino, de roupas de púrpura e vestes vermelhas, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas! Em apenas uma hora, tamanha riqueza foi arruinada!’ "Todos os pilotos, todos os passageiros e marinheiros dos navios e todos os que ganham a vida no mar ficarão de longe. Ao verem a fumaça do incêndio dela, exclamarão: ‘Que outra cidade jamais se igualou a esta grande cidade?’ Lançarão pó sobre a cabeça, e lamentando-se e chorando, gritarão: ‘Ai! A grande cidade! Graças à sua riqueza, nela prosperaram todos os que tinham navios no mar! Em apenas uma hora ela ficou em ruínas! Celebre o que se deu com ela, ó céus! Celebrem, ó santos, apóstolos e profetas! Deus a julgou, retribuindo-lhe o que ela fez a vocês’". Então um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho, lançou-a ao mar e disse: "Com igual violência será lançada por terra a grande cidade da Babilônia, para nunca mais ser encontrada. Nunca mais se ouvirá em seu meio o som de harpistas, dos músicos, dos flautistas e dos tocadores de trombeta. Nunca mais se achará dentro de seus muros artífice algum, de qualquer profissão. Nunca mais se ouvirá em seu meio o ruído das pedras de moinho. Nunca mais brilhará dentro de seus muros a luz da candeia. Nunca mais se ouvirá ali a voz do noivo e da noiva. Seus mercadores eram os grandes do mundo. Todas as nações foram seduzidas por suas feitiçarias. Nela foi encontrado sangue de profetas e de santos, e de todos os que foram assassinados na terra".


Neste texto há a comemoração da justiça divina. Além de podermos entender a grande Babilônia como um sistema político ou religioso, pode-se entender como um sistema comercial. Muitos exploraram de maneira extrema os mais necessitados, de forma a tirar-lhes a dignidade para que os exploradores vivam acima da linha de riqueza. Neste momento, toda a maldade, será extirpada e a grandeza da Babilônia acabará. Fazem parte da grande Babilônia todos que não temem ao Senhor, especialmente, religiosos que utilizam-se da religião para manipular massas e serem exaltados por ela, seja por sua popularidade ou condição financeira, sejam governadores que aproveitam-se de suas funções para benefício próprio ou indevido a terceiros, ou negociantes que por sua falta de escrúpulos enriquecem ilícitamente às custas dos menos favorecidos.