quinta-feira, 28 de abril de 2011

João 6.1-15

Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos. E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer. Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco. E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam. E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.


Se pararmos para reparar, neste texto, logo no início, vemos que as pessoas seguiam a Jesus, não porque criam ser ele o Messias, não porque tinham sede de aprender seus ensinamentos, mas pelo que podiam receber. Jesus não era, para aquele povo, nada mais do que um milagreiro, alguém de quem podiam sugar, sem ter que dar nada em troca. Quantas vezes somos exatamente iguais, sanguessugas, que apenas buscam a Deus quando precisam de algo? Interessante observar que depois do milagre da multiplicação dos pães e peixes as pessoas o aceitaram como profeta que haveria de vir e tinham o desejo de torná-lo rei e não de poder apreender seus ensinamentos, de buscá-lo de todo o coração. Porque somos do tipo que queremos melhorar de vida sem que nós aprendamos a viver? Porque desejamos mudança na situação a nossa volta, sem que esta comece por nós mesmos?

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