quinta-feira, 31 de julho de 2014

1 Samuel 12

Samuel disse a todo Israel: "Atendi tudo o que vocês me pediram e estabeleci um rei para vocês. Agora vocês têm um rei que os governará. Quanto a mim, estou velho e de cabelos brancos, e meus filhos estão aqui com vocês. Tenho vivido diante de vocês desde a minha juventude até agora. Aqui estou. Se tomei um boi ou um jumento de alguém, ou se explorei ou oprimi a alguém, ou se das mãos de alguém aceitei suborno, fechando os olhos para sua culpa, testemunhem contra mim na presença do Senhor e do seu ungido. Se alguma dessas coisas pratiquei, eu farei restituição". E responderam: "Você não nos explorou nem nos oprimiu. Você não tirou coisa alguma das mãos de ninguém". Samuel lhes disse: "O Senhor é testemunha diante de vocês, e bem como o seu ungido é hoje testemunha de que vocês não encontraram culpa alguma em minhas mãos". E disseram: "Ele é testemunha". Então Samuel disse ao povo: "O Senhor designou Moisés e Arão e tirou os seus antepassados do Egito. Agora, pois, fiquem aqui, porque vou entrar em julgamento com vocês, perante o Senhor, com base nos atos justos realizados pelo Senhor em favor de vocês e de seus antepassados. Depois que Jacó entrou no Egito, eles clamaram ao Senhor, e ele enviou Moisés e Arão para tirar seus antepassados do Egito e os estabelecer neste lugar. Seus antepassados, porém, se esqueceram do Senhor seu Deus; então ele os vendeu à Sísera, o comandante do exército de Hazor, e aos filisteus e ao rei de Moabe, que lutaram contra eles. Eles clamaram ao Senhor, dizendo: ‘Pecamos, abandonando o Senhor e prestando culto aos baalins e aos postes sagrados. Agora, porém, liberta-nos das mãos dos nossos inimigos, e nós prestaremos culto a ti’. Então o Senhor enviou Jerubaal, Baraque, Jefté e Samuel, e os libertou das mãos dos inimigos que os rodeavam, de modo que vocês viveram em segurança. Quando, porém, vocês viram que Naás, rei dos amonitas, estava avançando contra vocês, então me disseram: ‘Não! Escolha um rei para nós’, embora o Senhor, o seu Deus, fosse o rei. Agora, aqui está o rei que vocês escolheram, aquele que vocês pediram; o Senhor deu um rei a vocês. Se vocês temerem, servirem e obedecerem ao Senhor, e não se rebelarem contra suas ordens, e, se vocês e o rei que reinar sobre vocês seguirem o Senhor, o seu Deus, tudo lhes irá bem! Todavia, se vocês desobedecerem ao Senhor e se rebelarem contra o seu mandamento, sua mão se oporá a vocês da mesma forma como se opôs aos seus antepassados. Agora, preparem-se para ver este grande feito que o Senhor vai realizar diante de vocês! Agora não é a época da colheita do trigo? Pedirei ao Senhor que envie trovões e chuva para que vocês reconheçam que fizeram o que o Senhor reprova totalmente, quando pediram um rei". Então Samuel clamou ao Senhor, e naquele mesmo dia o Senhor enviou trovões e chuva. E assim todo o povo temeu grandemente o Senhor e Samuel. E todo o povo disse a Samuel: "Ore ao Senhor seu Deus em favor dos seus servos, para que não morramos, pois a todos os nossos pecados acrescentamos o mal de pedir um rei". Respondeu Samuel: "Não tenham medo. De fato, vocês fizeram todo esse mal, mas não deixem de seguir o Senhor, antes, sirvam o Senhor de todo o coração. Não se desviem, para seguir ídolos inúteis, que não têm qualquer proveito nem podem livrá-los, pois são inúteis. Por causa de seu grande nome o Senhor não os rejeitará, pois o Senhor teve prazer em torná-los o seu próprio povo. E longe de mim esteja pecar contra o Senhor, deixando de orar por vocês. Também lhes ensinarei o caminho que é bom e direito. Somente temam o Senhor e o sirvam fielmente de todo o coração; e considerem as grandes coisas que ele tem feito por vocês. Todavia, se insistirem em fazer o mal, tanto vocês quanto o seu rei serão destruídos".


Samuel mais uma vez mostra para o povo de Israel que eles não quiseram o Senhor. Diante da prova pedida eles temem serem destruídos por Deus e imploram a Samuel para interceder por eles. A grande instrução dada por Samuel é que apesar de o povo pecar, eles deveriam servir a Deus de todo o coração. Se se mantivessem fiéis ao Senhor Ele os manteria.

terça-feira, 29 de julho de 2014

1 Samuel 11

O amonita Naás avançou contra a cidade de Jabes-Gileade e a cercou. E os homens de Jabes lhe disseram: "Faça um tratado conosco, e nos sujeitaremos a você". Contudo, Naás, o amonita, respondeu: "Só farei um tratado com vocês sob a condição de que eu arranque o olho direito de cada um de vocês e assim humilhei todo o Israel". As autoridades de Jabes lhe disseram: "Dê-nos sete dias para que possamos enviar mensageiros a todo Israel; se ninguém vier nos socorrer, nós nos renderemos". Quando os mensageiros chegaram a Gibeá, cidade de Saul, e relataram essas coisas ao povo, todos choraram em voz alta. Naquele momento, Saul estava trazendo o gado do campo e perguntou: "O que há com o povo? Por que estão chorando?" Então lhe contaram o que os homens de Jabes tinham dito. Quando Saul ouviu isso, o Espírito de Deus apoderou-se dele, e ele ficou furioso. Apanhou dois bois, cortou-os em pedaços e, por meio dos mensageiros, enviou os pedaços a todo o Israel, proclamando: "Isto é o que acontecerá aos bois de quem não seguir Saul e Samuel". Então o temor do Senhor caiu sobre o povo, e eles vieram unânimes. Quando Saul os reuniu em Bezeque, havia trezentos mil de Israel e trinta mil de Judá. E disseram aos mensageiros de Jabes: "Digam aos homens de Jabes-Gileade: ‘Amanhã, na hora mais quente do dia, haverá libertação para vocês’". Quando relataram isso aos habitantes de Jabes, eles se alegraram. Então, os homens de Jabes disseram aos amonitas: "Amanhã nós nos renderemos a vocês, e poderão fazer conosco o que quiserem". No dia seguinte, Saul dividiu seus soldados em três grupos; entraram no acampamento amonita na alta madrugada e os mataram até a hora mais quente do dia. Aqueles que sobreviveram se dispersaram, de modo que não ficaram dois juntos. Então o povo disse a Samuel: "Quem foi que perguntou: ‘Será que Saul vai reinar sobre nós? ’ Traga-nos esses homens, e nós os mataremos". Saul, porém, disse: "Hoje ninguém será morto, pois neste dia o Senhor trouxe libertação a Israel". Então Samuel disse ao povo: "Venham, vamos a Gilgal e reafirmemos ali o reino". Assim, todo o povo foi a Gilgal e proclamou Saul como rei na presença do Senhor. Ali ofereceram sacrifícios de comunhão ao Senhor, e Saul e todos os israelitas se alegraram muito.


Diante da ameaça o povo de Gileade iria se render aos amonitas, todavia buscaram em Israel socorro. Deus utilizou Saul para garantir a liberdade de Gileade e, também, permitiu que tal fato acontecesse para que reconhecessem a Saul como rei. Importante destacar que o próprio Saul não aceitou a glória, mas disse ao povo que o Senhor os libertou.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

1 Samuel 10

Então Samuel apanhou um jarro de óleo, derramou-o sobre a cabeça de Saul e o beijou, dizendo: "O Senhor o tem ungido como líder da herança dele. Hoje, quando você partir, encontrará dois homens perto do túmulo de Raquel, em Zelza, na fronteira de Benjamim. Eles lhe dirão: ‘As jumentas que você foi procurar já foram encontradas. Agora seu pai deixou de se importar com elas e está preocupado com vocês. Ele está perguntando: "Como encontrarei meu filho?" Então, dali, você prosseguirá para o carvalho de Tabor. Três homens virão subindo ao santuário de Deus em Betel, e encontrarão você ali. Um estará levando três cabritos, outro três pães, e outro uma vasilha de couro cheia de vinho. Eles o cumprimentarão e lhe oferecerão dois pães, que você deve aceitar. Depois você irá a Gibeá de Deus, onde há um destacamento filisteu. Ao chegar à cidade, você encontrará um grupo de profetas descendo do altar no monte tocando liras, tamborins, flautas e harpas; e eles estarão profetizando. O Espírito do Senhor se apossará de você, e com eles você profetizará em transe, e será um novo homem. Assim que esses sinais tiverem se cumprido, faça o que achar melhor, pois Deus está com você. Vá na minha frente até Gilgal. Depois eu irei também, para oferecer holocaustos e sacrifícios de comunhão, mas você deve esperar sete dias, até que eu chegue e lhe diga o que fazer". Quando se virou para afastar-se de Samuel, Deus mudou o coração de Saul, e todos esses sinais se cumpriram naquele dia. Chegando em Gibeá, um grupo de profetas o encontrou; o Espírito de Deus se apossou dele, e ele profetizou em transe no meio deles. Quando os que já o conheciam viram-no profetizando com os profetas, perguntaram uns aos outros: "O que aconteceu ao filho de Quis? Saul também está entre os profetas?" Um homem daquele lugar respondeu: "E quem é o pai deles? " De modo que isto se tornou um ditado: "Saul também está entre os profetas?" Depois que Saul parou de profetizar, foi para o altar no monte. Então o tio de Saul perguntou a ele e ao seu servo: "Aonde vocês foram?" Ele respondeu: "Procurar as jumentas. Quando, porém, vimos que não seriam encontradas, fomos falar com Samuel". "O que Samuel lhe disse? ", perguntou o tio. Saul respondeu: "Ele nos garantiu que as jumentas tinham sido encontradas". Todavia, Saul não contou ao tio o que Samuel tinha dito sobre o reino. Samuel convocou o povo de Israel ao Senhor, em Mispá, e lhes disse: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Eu tirei Israel do Egito, e libertei vocês do poder do Egito e de todos os reinos que os oprimiam’. Mas vocês agora rejeitaram o Deus que os salva de todas as suas desgraças e angústias. E disseram: ‘Não! Escolhe um rei para nós’. Por isso, agora, apresentem-se perante o Senhor, de acordo com as suas tribos e clãs". Tendo Samuel feito todas as tribos de Israel se aproximarem, a de Benjamim foi escolhida. Então fez ir à frente a tribo de Benjamim, clã por clã, e o clã de Matri foi escolhido. Finalmente foi escolhido Saul, filho de Quis. Quando, porém, o procuraram, ele não foi encontrado. Então consultaram novamente o Senhor: "Ele já chegou? " E o Senhor disse: "Sim, ele está escondido no meio da bagagem". Então correram e o tiraram de lá. Quando ficou de pé no meio do povo; os mais altos do povo batiam-lhe nos ombros. E Samuel disse a todos: "Vocês vêem o homem que o Senhor escolheu? Não há ninguém como ele entre todo o povo". Então todos gritaram: "Viva o rei!" Samuel expôs ao povo as leis do reino. Ele as escreveu num livro e o pôs perante o Senhor. Então Samuel mandou o povo de volta para suas casas. Saul também foi para sua casa em Gibeá, acompanhado por guerreiros, cujos corações Deus tinha tocado. Alguns vadios, porém, disseram: "Como este homem pode nos salvar?" Desprezaram-no e não lhe trouxeram presente algum. Mas Saul ficou calado.


Neste texto há uma demonstração da atuação do Espírito Santo no AT, contrariando a crença daqueles que creem que Ele só passou a atuar no NT. Apesar de o povo ter rejeitado ao Senhor e pedido um rei humano, quando este foi escolhido, alguns o rejeitaram. De certa forma isto mostra a natureza humana que sempre está insatisfeita com o que tem. No caso rejeitaram a Deus e pediram um rei, tendo o rei o rejeitaram também.

sábado, 26 de julho de 2014

1 Samuel 9

Havia um homem de Benjamim, rico e influente, chamado Quis, filho de Abiel, neto de Zeror, bisneto de Becorate e trineto de Afia. Ele tinha um filho chamado Saul, jovem de boa aparência, sem igual entre os israelitas; os mais altos batiam nos seus ombros. E aconteceu que jumentas de Quis, pai de Saul, extraviaram-se. E ele disse a Saul: "Chame um dos servos e vá procurar as jumentas". Eles atravessaram os montes de Efraim e a região de Salisa, mas não as encontraram. Prosseguindo, entraram no distrito de Saalim, mas as jumentas não estavam lá. Então atravessaram o território de Benjamim, e mesmo assim não as encontrou. Chegando ao distrito de Zufe, disse Saul ao seu servo: "Vamos voltar, ou meu pai deixará de pensar nas jumentas para começar a preocupar-se conosco". O servo, contudo, respondeu: "Nesta cidade mora um homem de Deus que é muito respeitado. Tudo o que ele diz acontece. Vamos falar com ele. Talvez ele nos aponte o caminho a seguir". Saul disse a seu servo: "Se formos, o que poderemos lhe dar? A comida de nossas sacos de viagem acabou. Não temos nenhum presente para levar ao homem de Deus. O que temos para oferecer?" O servo lhe respondeu: "Tenho três gramas de prata. Darei isto ao homem de Deus para que ele nos aponte o caminho a seguir". ( Antigamente em Israel, quando alguém ia consultar a Deus, dizia: "Vamos ao vidente", pois o profeta de hoje era chamado vidente. ) E Saul concordou: "Muito bem, vamos!" Assim, foram em direção à cidade onde estava o homem de Deus. Ao subirem a colina para chegar à cidade, encontraram algumas jovens que estavam saindo para buscar água e perguntaram a elas: "O vidente está na cidade?" Elas responderam: "Sim. Ele está ali adiante. Apressem-se; ele chegou hoje à nossa cidade, porque o povo vai oferecer um sacrifício no altar no monte. Assim que entrarem na cidade, vocês o encontrarão antes que suba ao altar no monte para comer. O povo não começará a comer antes que ele chegue, pois ele deve abençoar o sacrifício; depois disso, os convidados irão comer. Subam agora e vocês logo o encontrarão". Eles foram à cidade e, ao entrarem, Samuel vinha na direção deles a caminho do altar no monte. No dia anterior à chegada de Saul, o Senhor havia revelado isto a Samuel: "Amanhã, por volta desta hora, enviarei a você um homem da terra de Benjamim. Unja-o como líder sobre meu povo Israel; ele libertará o meu povo das mãos dos filisteus. Atentei para o meu povo, pois seu clamor chegou a mim". Quando Samuel viu Saul, o Senhor lhe disse: "Este é o homem de quem lhe falei; ele governará o meu povo". Saul aproximou-se de Samuel na entrada da cidade e lhe perguntou: "Por favor, pode me dizer onde é a casa do vidente?" Respondeu Samuel: "Eu sou o vidente. Vá na minha frente para o altar, pois hoje você comerá comigo. Amanhã cedo eu lhe contarei tudo o que você quer saber e o deixarei ir. Quanto às jumentas que você perdeu há três dias, não se preocupe com elas; já foram encontradas. E a quem pertencerá tudo o que é precioso em Israel, senão a você e toda a família de seu pai?" Saul respondeu: "Acaso não sou eu um benjamita, da menor das tribos de Israel, e não é o meu clã o mais insignificante de todos os clãs da tribo de Benjamim? Por que então estás me dizendo tudo isso?" Então Samuel levou a Saul e seu servo para a sala e deu a eles o lugar de honra entre os convidados, cerca de trinta pessoas. E disse ao cozinheiro: "Traga-me a porção de carne que lhe entreguei e mandei reservar". Então o cozinheiro pegou a coxa do animal com o que estava sobre ele e colocou tudo diante de Saul. E disse Samuel: "Aqui está o que lhe foi reservado. Coma, pois desde o momento em que eu disse: ‘Tenho convidados’, ela lhe foi separada para esta ocasião". E Saul comeu com Samuel naquele dia. Depois de ter descido do altar no monte para a cidade, Samuel conversou com Saul no terraço de sua casa. Ao romper do dia, quando se levantaram, Samuel chamou Saul no terraço e disse: "Levante-se, e eu o acompanharei, e depois você seguirá viagem". Saul se levantou e saiu junto com Samuel. Enquanto desciam para a saída da cidade, Samuel disse a Saul: "Diga ao servo que vá na frente". O servo foi. Samuel prosseguiu: "Fique você aqui um instante, para que eu lhe dê uma mensagem da parte de Deus".


Como Deus mandou Samuel eleger um rei para Israel, lhe deu todas as instruções para que tudo saísse da forma correta. Assim, Deus fez com que as jumentas do pai de Saul sumissem e ele fosse enviado para procurá-las. Deus o escolheu para ser rei, contrariando completamente a lógica judaica. Ele fazia parte do clã tido como mais insignificante da tribo mais insignificante. E ainda por cima recebeu a honra de partilhar da mesa de um homem de Deus. Com isso fica claro que para Deus a lógica humana não tem lógica, não é maior o mais importante para os homens, mas os que fazem a vontade de Deus.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

1 Samuel 8

Quando envelheceu, Samuel nomeou seus filhos como líderes de Israel. Seu filho mais velho chamava-se Joel, o segundo, Abias. Eles eram líderes em Berseba. Mas os filhos dele não andaram em seus caminhos. Eles se tornaram gananciosos, aceitaram suborno e perverteram a justiça. Por isso, todas as autoridades de Israel reuniram-se e foram falar com Samuel, em Ramá. E disseram-lhe: "Tu já estás idoso, e teus filhos não andam em teus caminhos; escolhe agora um rei para que nos lidere, à semelhança das outras nações". Quando, porém, disseram: "Dá-nos um rei para que nos lidere", isto desagradou a Samuel; então ele orou ao Senhor. E o Senhor lhe respondeu: "Atenda a tudo o que o povo está lhe pedindo; não foi a você que rejeitaram; foi a mim que rejeitaram como rei. Assim como fizeram comigo desde o dia em que os tirei do Egito, até hoje, abandonando-me e prestando culto a outros deuses, também estão fazendo com você. Agora atenda-os; mas advirta-os solenemente e diga-lhes que direitos reivindicará o rei que os governará". Samuel transmitiu todas as palavras do Senhor ao povo, que estava lhe pedindo um rei, dizendo: "Isto é o que o rei que reinará sobre vocês reivindicará como seu direito: ele tomará os filhos de vocês para servi-lo em seus carros de guerra e em sua cavalaria, e para correr à frente dos seus carros de guerra. Colocará alguns como comandantes de mil e outros como comandantes de cinqüenta. Ele os fará arar as terras dele, fazer a colheita, e fabricar armas de guerra e equipamentos para os seus carros de guerra. Tomará as filhas de vocês para serem perfumistas, cozinheiras e padeiras. Tomará de vocês o melhor das plantações, das vinhas e dos olivais, e o dará aos criados dele. Tomará um décimo dos cereais e da colheita das uvas e o dará a seus oficiais e a seus criados. Também tomará de vocês para seu uso particular os servos e as servas, o melhor do gado e dos jumentos. E tomará de vocês um décimo dos rebanhos, e vocês mesmos se tornarão escravos dele. Naquele dia, vocês clamarão por causa do rei que vocês mesmos escolheram, e o Senhor não os ouvirá". Todavia, o povo recusou-se a ouvir Samuel, e disseram: "Não! Queremos ter um rei. Seremos como todas as outras nações; um rei nos governará, e sairá à nossa frente para combater em nossas batalhas". Depois de ter ouvido tudo o que o povo disse, Samuel o repetiu perante o Senhor. E o Senhor respondeu: "Atenda-os e dê-lhes um rei". Então Samuel disse aos homens de Israel: "Volte cada um para sua cidade".


Israel teve inveja dos outros povos e por isso decidiu que queria um rei humano, não bastando o Senhor como rei deles. Apesar de todo o aviso sobre o que aconteceria a eles decidiram que desejavam um homem a frente deles nas batalhas. Eles não viram que as batalhas deles já tinham alguém a frente, o Senhor que lutava por eles. Assim o Senhor mandou que Samuel lhes desse um rei.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

1 Samuel 7

Então, os homens de Quiriate-Jearim vieram para levar a arca do Senhor. Eles a levaram para a casa de Abinadabe, na colina, e consagraram seu filho Eleazar para guardar a arca do Senhor. A arca permaneceu em Quiriate-Jearim muito tempo; foram vinte anos. E todo o povo de Israel buscava o Senhor com súplicas. E Samuel disse a toda a nação de Israel: "Se vocês querem voltar-se para o Senhor de todo o coração, livrem-se então dos deuses estrangeiros e dos postes sagrados, consagrem-se ao Senhor e prestem culto somente a ele, e ele os libertará das mãos dos filisteus". Assim, os israelitas se livraram dos baalins e dos postes sagrados, e começaram a prestar culto somente ao Senhor. E Samuel prosseguiu: "Reúnam todo Israel em Mispá, e eu intercederei ao Senhor a favor de vocês". Quando eles se reuniram em Mispá, tiraram água e a derramaram perante o Senhor. Naquele dia jejuaram e disseram ali: "Temos pecado contra o Senhor". E foi em Mispá que Samuel liderou os israelitas como juiz. Quando os filisteus souberam que os israelitas estavam reunidos em Mispá, os governantes dos filisteus saíram para atacá-los. Quando os israelitas souberam disso, ficaram com medo dos filisteus. E disseram a Samuel: "Não pare de clamar por nós ao Senhor nosso Deus, para que nos salve das mãos dos filisteus". Então Samuel pegou um cordeiro ainda não desmamado e o ofereceu inteiro como holocausto ao Senhor. Ele clamou ao Senhor em favor de Israel, e o Senhor lhe respondeu. Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus se aproximaram para combater Israel. Naquele dia, porém, o Senhor trovejou com fortíssimo estrondo contra os filisteus e os colocou em pânico. Então foram derrotados por Israel. Os soldados de Israel saíram de Mispá e perseguiram os filisteus até um lugar abaixo de Bete-Car, matando-os pelo caminho. Então Samuel pegou uma pedra e a ergueu entre Mispá e Sem; e deu-lhe o nome de Ebenézer, dizendo: "Até aqui o Senhor nos ajudou". Assim os filisteus foram dominados e não voltaram a invadir o território israelita. A mão do Senhor opôs-se aos filisteus durante toda a vida de Samuel. As cidades que os filisteus haviam conquistado, foram devolvidas a Israel, desde Ecrom até Gate. Israel libertou os territórios ao redor delas do poder dos filisteus. E houve também paz entre Israel e os amorreus. Samuel continuou como juiz de Israel durante todos os dias de sua vida. A cada ano percorria Betel, Gilgal, e Mispá, decidindo as questões de Israel em todos esses lugares. Mas sempre retornava a Ramá, onde ficava sua casa; ali ele liderava Israel como juiz e naquele lugar construiu um altar em honra do Senhor.


Quando o povo se volta para o Senhor Ele o socorre nas suas necessidades. Deus promete cuidar dos seus, para isto basta que esses o busquem de todo o coração e sigam seus caminhos. Isso não significa falta de batalhas, mas que Deus mesmo lutará as batalhas de Seu povo.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

1 Samuel 6

Quando já fazia sete meses que a arca do Senhor estava em território filisteu, os filisteus chamaram os sacerdotes e adivinhos e disseram: "O que faremos com a arca do Senhor? Digam-nos com o que devemos mandá-la de volta a seu lugar". Eles responderam: "Se vocês devolverem a arca do deus de Israel, não mandem de volta só a arca, mas enviem também uma oferta pela culpa. Então vocês serão curados e saberão por que a sua mão não tem se afastado de vocês". Os filisteus perguntaram: "Que oferta pela culpa devemos lhe enviar? " Eles responderam: "Cinco tumores de ouro e cinco ratos de ouro, de acordo com o número de governantes filisteus, porquanto a mesma praga atingiu vocês e todos os seus governantes. Façam imagens dos tumores e dos ratos que estão assolando o país e dêem glória ao deus de Israel. Talvez ele alivie a sua mão de sobre vocês, seus deuses e sua terra. Por que ter o coração obstinado como os egípcios e o faraó? Somente quando esse deus os tratou severamente, eles deixaram os israelitas seguir o seu caminho. Agora, então, preparem uma carroça nova, com duas vacas que deram cria e sobre as quais nunca foi colocado jugo. Amarrem-nas à carroça, mas afastem delas os seus bezerros e os ponham no curral. Coloquem a arca do Senhor sobre a carroça, e ponham numa caixa ao lado os objetos de ouro que vocês estão lhe enviando como oferta pela culpa. Enviem a carroça, e fiquem observando. Se ela for para seu próprio território, na direção de Bete-Semes, então foi o Senhor quem trouxe essa grande desgraça sobre nós. Mas, se ela não for, então saberemos que não foi a sua mão que nos atingiu e que isso aconteceu conosco por acaso". E assim fizeram. Pegaram duas vacas com cria e as amarraram a uma carroça e prenderam seus bezerros no curral. Colocaram a arca do Senhor na carroça e junto dela a caixa com os ratos de ouro e as imagens dos tumores. Então as vacas foram diretamente para Bete-Semes, mantendo-se na estrada e mugindo por todo o caminho; não se desviaram para a direita nem para a esquerda. Os governantes dos filisteus as seguiram até a fronteira de Bete-Semes. Ora, o povo de Bete-Semes estava colhendo trigo no vale e, quando olharam e viram a arca, alegraram-se muito. A carroça chegou ao campo de Josué, de Bete-Semes, e ali parou ao lado de uma grande rocha. Então cortaram a madeira da carroça e ofereceram as vacas como holocausto ao Senhor. Os levitas tinham descido a arca do Senhor e a caixa com os objetos de ouro e colocado sobre a grande rocha. Naquele dia, o povo de Bete-Semes ofereceu holocaustos e sacrifícios ao Senhor. Os cinco governantes dos filisteus viram tudo isso e voltaram naquele mesmo dia a Ecrom. Os filisteus enviaram ao Senhor como oferta pela culpa estes tumores de ouro: um por Asdode, outro por Gaza, outro por Ascalom, outro por Gate e outro por Ecrom. O número dos ratos de ouro foi conforme o número das cidades filistéias que pertenciam aos cinco governantes; tanto as cidades fortificadas como os povoados no campo. A grande rocha, sobre a qual puseram a arca do Senhor, é até hoje uma testemunha no campo de Josué, de Bete-Semes. Deus, contudo, feriu alguns dos homens de Bete-Semes, matando setenta deles, por terem olhado para dentro da arca do Senhor. O povo chorou por causa da grande matança que o Senhor fizera, e os homens de Bete-Semes perguntaram: "Quem pode permanecer na presença do Senhor, esse Deus santo? Para quem enviamos a arca, para que se afaste de nós? " Então enviaram mensageiros ao povo de Quiriate-Jearim, dizendo: "Os filisteus devolveram a arca do Senhor. Venham e a levem para vocês".


Neste texto vemos como até os filisteus perceberam que o deus a quem serviam era menor que o Deus de Israel. Diante de tal fato resolveram devolver a arca do Senhor entregando sacrifícios esperando misericórdia de Deus para com eles. Apesar disto teve gente que resolveu abrir a arca do Senhor para ver seu conteúdo, sem respeitar o Deus da arca, com isso foram castigados. A santidade de Deus faz com que o impuro seja consumido. Somente aquele a quem Deus torna justo pode ter contato com Ele.

terça-feira, 22 de julho de 2014

1 Samuel 5

Depois que os filisteus tomaram a arca de Deus, eles a levaram de Ebenézer para Asdode. E a colocaram dentro do templo de Dagom, ao lado de sua estátua. Quando o povo de Asdode se levantou na madrugada do dia seguinte, lá estava Dagom caído, rosto em terra, diante da arca do Senhor! Eles levantaram Dagom e o colocaram de volta em seu lugar. Mas, na manhã seguinte, quando se levantaram de madrugada, lá estava Dagom caído, rosto em terra, diante da arca do Senhor! Sua cabeça e mãos tinham sido quebradas e estavam sobre a soleira; só o seu corpo ficou no lugar. Por isso, até hoje, os sacerdotes de Dagom e todos os que entram em seu templo, em Asdode, não pisam na soleira. Depois disso a mão do Senhor pesou sobre o povo de Asdode e dos arredores, trazendo devastação sobre eles e afligindo-os com tumores. Quando os homens de Asdode viram o que estava acontecendo, disseram: "A arca do deus de Israel não deve ficar aqui conosco, pois a mão dele pesa sobre nós e sobre nosso deus Dagom". Então reuniram todos os governantes dos filisteus e lhes perguntaram: "O que faremos com a arca do deus de Israel?" Eles responderam: "Levem a arca do deus de Israel para Gate". E então levaram a arca do Deus de Israel. Mas, quando a arca chegou, a mão do Senhor castigou aquela cidade, e trouxe-lhe grande pânico. Ele afligiu o povo da cidade, jovens e velhos, com uma epidemia de tumores. Então enviaram a arca de Deus para Ecrom. Quando a arca de deus estava entrando na cidade de Ecrom, o povo começou a gritar: "Eles trouxeram a arca do deus de Israel para cá afim de matar a nós e a nosso povo". Então reuniram todos os governantes dos filisteus e disseram: "Levem embora a arca do deus de Israel; que ela volte ao seu lugar; caso contrário ela matará a nós e a nosso povo". Pois havia pânico mortal em toda a cidade; a mão de Deus pesava muito sobre ela. Aqueles que não morreram foram afligidos com tumores, e o clamor da cidade subiu até o céu.


Os filisteus colocaram a arca de Deus em seu templo como recordação de que venceram o Deus do povo de Israel e, se desejassem, adorá-lo. Todavia a estátua de seu deus apareceu em posição de indignidade a arca do Senhor. Neste momento não compreenderam o que havia acontecido, apenas no dia seguinte com a repetição do fato e destruição parcial da estátua, perceberam que o Deus de Israel era maior do que seu deus e que eles não poderiam manter a arca lá. Também sofreram com pragas pois não adoravam a Deus, além de não cumprirem seus mandamentos. Por fim perceberam que tinham que se "desfazer" da arca para que não fossem castigados por Deus.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

1 Samuel 4

Os filisteus dispuseram suas forças em linha para enfrentar Israel, e, intensificando-se o combate, Israel foi derrotado pelos filisteus, que mataram cerca de quatro mil deles no campo de batalha. Quando os soldados voltaram ao acampamento, as autoridades de Israel perguntaram: "Por que o Senhor deixou que os filisteus nos derrotassem? Vamos a Siló buscar a arca da aliança do Senhor, para que ele vá conosco e nos salve das mãos de nossos inimigos". Então mandaram trazer de Siló a arca da aliança do Senhor dos Exércitos, que tem o seu trono entre os querubins. E os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, acompanharam a arca da aliança de Deus. Quando a arca da aliança do Senhor entrou no acampamento, todos os israelitas gritaram tão alto que o chão estremeceu. Os filisteus, ouvindo os gritos, perguntaram: "O que significam todos esses gritos no acampamento dos hebreus?" souberam que a arca do Senhor viera para o acampamento, os filisteus ficaram com medo e disseram: "Deuses chegaram ao acampamento. Ai de nós! Nunca nos aconteceu uma coisa dessas! Ai de nós! Quem nos livrará das mãos desses deuses poderosos? São os deuses que feriram os egípcios com toda espécie de pragas, no deserto. Sejam fortes, filisteus! Sejam homens ou vocês se tornarão escravos dos hebreus, assim como eles foram escravos de vocês. Sejam homens e lutem!" Então os filisteus lutaram e Israel foi derrotado; cada homem fugiu para sua tenda. O massacre foi muito grande: Israel perdeu trinta mil homens de infantaria.
A arca de Deus foi tomada, e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram. Naquele mesmo dia um benjamita correu da linha de batalha até Siló, com as roupas rasgadas e terra na cabeça. Quando ele chegou, Eli estava sentado, observando sua cadeira, ao lado da estrada, pois seu coração temia pela arca de Deus. O homem entrou na cidade e contou o que havia acontecido, e a cidade começou a gritar. Eli ouviu os gritos e perguntou: "O que significa esse tumulto?" O homem correu para contar tudo a Eli. Eli tinha noventa e oito anos de idade e seus olhos estavam imóveis, e ele já não conseguia enxergar. O homem lhe disse: "Acabei de chegar da linha de batalha; fugi de lá hoje mesmo". Eli perguntou: "O que aconteceu, meu filho?" O mensageiro respondeu: "Israel fugiu dos filisteus, e houve uma grande matança entre os soldados. Também os seus dois filhos, Hofni e Finéias, estão mortos, e a arca de Deus foi tomada". Quando ele mencionou a arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado do portão, quebrou o pescoço, e morreu, pois era velho e pesado. Ele liderou Israel durante quarenta anos. Sua nora, a mulher de Finéias, estava grávida e perto de dar à luz. Quando ouviu a notícia de que a arca de Deus havia sido tomada e que seu sogro e seu marido estavam mortos, entrou em trabalho de parto e deu à luz, mas não resistiu às dores do parto. Enquanto morria, as mulheres que a ajudavam disseram: "Não se desespere; você teve um menino". Mas ela não respondeu nem deu atenção. Ela deu ao menino o nome de Icabode, e disse: "A glória se foi de Israel". Porque a arca foi tomada e por causa da morte do sogro e do marido. E ainda acrescentou: "A glória se foi de Israel, pois a arca de Deus foi tomada".



Israel, que acreditava estar Deus dentro da arca da aliança, voltou para buscar a arca na esperança de que Deus lutasse por eles. Todavia, o Senhor já havia dito que não pouparia ninguém senão os 7.000 que permaneciam fiéis a Ele. A fama do Senhor era conhecida por toda a terra, tanto é que os filisteus se assustaram diante da possibilidade de enfrentar o Deus de Israel, que os havia libertado dos egípcios. Com a tomada da arca, Israel vê que Deus não mais estava ao seu lado, mas que estava abandonado.

domingo, 20 de julho de 2014

1 Samuel 3

O menino Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção de Eli; naqueles dias raramente o Senhor falava, e as visões não eram freqüentes. Certa noite, Eli, cujos olhos estavam ficando tão fracos que já não conseguia mais enxergar, estava deitado em seu lugar de costume. A lâmpada de Deus ainda não havia se apagado, e Samuel estava deitado no santuário do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. Então o Senhor chamou Samuel. Samuel respondeu: "Estou aqui". E correu até Eli e disse: "Estou aqui; o senhor me chamou? " Eli, porém, disse: "Não o chamei; volte e deite-se". Então, ele foi e se deitou. De novo o Senhor chamou: "Samuel! " E Samuel se levantou e foi até Eli e disse: "Estou aqui; o senhor me chamou? " Disse Eli: "Meu filho, não o chamei; volte e deite-se". Ora, Samuel ainda não conhecia o Senhor. A palavra do Senhor ainda não lhe havia sido revelada. O Senhor chamou Samuel pela terceira vez. Ele se levantou, foi até Eli e disse: "Estou aqui; o senhor me chamou? " Então Eli percebeu que o Senhor estava chamando o menino e lhe disse: "Vá e deite-se; se ele chamá-lo, diga: ‘Fala, Senhor, pois o teu servo está ouvindo’ ". Então Samuel foi se deitar. O Senhor voltou a chamá-lo como nas outras vezes: "Samuel, Samuel! " Então Samuel disse: "Fala, pois o teu servo está ouvindo". E o Senhor disse a Samuel: "Vou realizar em Israel algo que fará tinir os ouvidos de todos os que ficarem sabendo. Nessa ocasião executarei contra Eli tudo o que falei contra sua família, do começo ao fim. Pois eu lhe disse que julgaria sua família para sempre, por causa do pecado dos seus filhos, do qual ele tinha consciência; seus filhos se fizeram desprezíveis, e ele não os repreendeu. Por isso jurei à família de Eli: ‘Jamais se fará propiciação pela culpa da família de Eli mediante sacrifício ou oferta’ ". Samuel ficou deitado até de manhã e então abriu as portas da casa do Senhor. Ele teve medo de contar a visão a Eli, mas este o chamou e disse: "Samuel, meu filho". "Estou aqui", respondeu Samuel. Eli perguntou: "O que o Senhor lhe disse? Não esconda de mim. Deus o castigue, e o faça com muita severidade, se você esconder de mim qualquer coisa que ele lhe falou". Então, Samuel lhe contou tudo, e nada escondeu. Então Eli disse: "Ele é o Senhor; que faça o que lhe parecer melhor". O Senhor estava com Samuel enquanto este crescia, e fazia com que todas as suas palavras se cumprissem. Todo o Israel, de Dã até Berseba, reconhecia que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor. O Senhor continuou aparecendo em Siló, onde havia se revelado a Samuel por meio de sua palavra.


Interessante observar como apesar de Samuel ministrar perante o Senhor, conforme diz o texto, Eli ainda não tinha apresentado o Senhor a Samuel, tanto é que ele não conhecia o Senhor. Outro ponto importante de destacar é o fato de que não há idade para ser usado pelo Senhor, Samuel ainda era menino quando começou a ser trabalhado, enquanto muitos outros personagens bíblicos eram muito velhos.

sábado, 19 de julho de 2014

1 Samuel 2

Então Ana orou assim: "Meu coração exulta no Senhor; no Senhor minha força é exaltada. Minha boca se exalta sobre os meus inimigos, pois me alegro em tua libertação. "Não há ninguém santo como o Senhor; não há outro além de ti; não há rocha alguma como o nosso Deus. "Não falem tão orgulhosamente, nem saia de suas bocas tal arrogância, pois o Senhor é Deus sábio; é ele quem julga os atos dos homens. "O arco dos fortes é quebrado, mas os fracos são revestidos de força. Os que tinham muito, agora trabalham por comida, mas os que estavam famintos, agora não passam fome. A que era estéril deu à luz sete filhos, mas a que tinha muitos filhos ficou sem vigor. "O Senhor mata e preserva a vida; ele faz descer à sepultura e dela resgata. O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta. Levanta do pó o necessitado e, do monte de cinzas ergue o pobre; ele os faz sentarem-se com príncipes e lhes dá lugar de honra. "Pois os alicerces da terra são do Senhor; sobre eles estabeleceu o mundo. Ele guardará os pés dos seus santos, mas os ímpios serão silenciados nas trevas, pois não é pela força que o homem prevalece. Aqueles que se opõem ao Senhor serão despedaçados. Ele trovejará do céu contra eles; o Senhor julgará até os confins da terra. Ele dará poder a seu rei e exaltará a força do seu ungido". Então Elcana voltou para casa em Ramá; mas o menino começou a servir o Senhor sob a direção do sacerdote Eli. Os filhos de Eli eram ímpios; não se importavam com o Senhor nem cumpriam os deveres de sacerdotes para com o povo; sempre que alguém oferecia um sacrifício o auxiliar do sacerdote vinha com um garfo de três dentes, e, enquanto a carne estava cozinhando, ele enfiava o garfo na panela, ou travessa, ou caldeirão, ou caçarola, e o sacerdote pegava para si tudo o que vinha no garfo. Assim faziam com todos os israelitas que iam a Siló. Mas, antes mesmo de queimarem a gordura, vinha o auxiliar do sacerdote e dizia ao homem que estava oferecendo o sacrifício: "Dê um pedaço desta carne para o sacerdote assar; ele não aceitará de você carne cozida, somente crua". Se o homem lhe dissesse: "Deixe primeiro a gordura se queimar e então pegue o que quiser", o auxiliar respondia: "Não. Entregue a carne agora. Se não, eu a tomarei à força". O pecado desses jovens era muito grande à vista do Senhor, pois eles estavam tratando com desprezo a oferta do Senhor. Samuel, contudo, ainda menino, ministrava perante o Senhor, vestindo uma túnica de linho. Todos os anos sua mãe fazia uma pequena túnica e a levava para ele, quando subia a Siló com o marido para oferecer o sacrifício anual. Eli abençoava Elcana e sua mulher, dizendo: "O Senhor dê a você filhos desta mulher no lugar daquele por quem ela pediu e dedicou ao Senhor". Então voltavam para casa. O Senhor foi bondoso com Ana; ela engravidou e deu à luz três filhos e duas filhas. Enquanto isso, o menino Samuel crescia na presença do Senhor. Eli, já bem idoso, ficou sabendo de tudo que seus filhos faziam a todo o Israel e que eles se deitavam com as mulheres que serviam na entrada da Tenda do Encontro. Por isso lhes perguntou: "Por que vocês fazem estas coisas? De todo o povo ouço a respeito do mal que vocês fazem. Não, meus filhos; não é bom o que escuto se espalhando entre o povo do Senhor. Se um homem pecar contra outro homem, os juízes poderão intervir em seu favor; mas, se pecar contra o Senhor, quem intercederá por ele? " Seus filhos, contudo, não deram atenção à repreensão de seu pai, pois o Senhor queria matá-los. E o menino Samuel continuava a crescer, sendo cada vez mais estimado pelo Senhor e pelo povo. E veio um homem de Deus a Eli e lhe disse: "Assim diz o Senhor: ‘Acaso não me revelei claramente à família de seu pai, quando eles estavam no Egito, sob o domínio do faraó? Escolhi seu pai dentre todas as tribos de Israel para ser o meu sacerdote, subir ao meu altar, queimar incenso e usar um colete sacerdotal na minha presença. Também dei à família de seu pai todas as ofertas preparadas no fogo pelos israelitas. Por que vocês zombam de meu sacrifício e de minha oferta que determinei para a minha habitação? Por que você honra seus filhos mais do que a mim, deixando-os engordar com as melhores partes de todas as ofertas feitas pelo meu povo Israel?’ Portanto, o Senhor, o Deus de Israel, declara: ‘Prometi à sua família e à linhagem de seu pai, que ministrariam diante de mim para sempre’. Mas agora o Senhor declara: ‘Longe de mim tal coisa! Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam serão tratados com desprezo. É chegada a hora em que eliminarei a sua força e a força da família de seu pai, e não haverá mais nenhum idoso na sua família, e você verá aflição na minha habitação. Embora Israel prospere, na sua família ninguém alcançará idade avançada. E todo descendente seu que eu não eliminar de meu altar será poupado apenas para lhe consumir os olhos com lágrimas e para lhe entristecer o coração, e todos os seus descendentes morrerão no vigor da vida. E o que acontecer a seus dois filhos, Hofni e Finéias, será um sinal para você: os dois morrerão no mesmo dia. Levantarei para mim um sacerdote fiel, que agirá de acordo com o meu coração e o meu pensamento. Edificarei firmemente a família dele, e ele ministrará sempre perante o meu rei ungido. Então todo o que restar da sua família virá e se prostrará perante ele, para obter uma moeda de prata e um pedaço de pão. E lhe implorará que o ponha em alguma função sacerdotal, para ter o que comer’ ".


Ao contrário da lógica humana Deus utiliza os desprezados e humilha os exaltados. Eli como sacerdote deveria ter cuidado de seus filhos e os corrigido ao saber de seus pecados, mas os amou mais do que a Deus (Mt 10.37). Deus então tira a honra da família de Eli ao atribuir a outro a função perpétua dada a sua descendência.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

1 Samuel 1

Havia certo homem de Ramataim, zufita, dos montes de Efraim, chamado Elcana, filho de Jeroão, neto de Eliú e bisneto de Toú, filho do efraimita Zufe. Ele tinha duas mulheres; uma se chamava Ana, e a outra Penina. Penina tinha filhos, Ana, porém, não tinha. Todos os anos esse homem subia de sua cidade a Siló para adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos. Lá, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli, eram sacerdotes do Senhor. No dia em que Elcana oferecia sacrifícios, dava porções à sua mulher Penina e a todos os filhos e filhas dela. Mas a Ana dava uma porção dupla, porque a amava, mesmo que o Senhor a houvesse deixado estéril. E porque o Senhor a tinha deixado estéril, sua rival a provocava continuamente, a fim de irritá-la. Isso acontecia ano após ano. Sempre que Ana subia à casa do Senhor, sua rival a provocava e ela chorava e não comia. Elcana, seu marido, lhe perguntava: "Ana, por que você está chorando? Por que não come? Por que está triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?" Certa vez quando terminou de comer e beber em Siló, estando o sacerdote Eli sentado numa cadeira junto à entrada do santuário do Senhor, Ana se levantou e, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor. E fez um voto, dizendo: "Ó Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados". Enquanto ela continuava a orar diante do Senhor, Eli observava sua boca. Como Ana orava silenciosamente, seus lábios se mexiam mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse embriagada e lhe disse: "Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho!" Ana respondeu: "Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada; eu estava derramando minha alma diante do Senhor. Não julgues tua serva uma mulher vadia; estou orando aqui até agora por causa de minha grande angústia e tristeza". Eli respondeu: "Vá em paz, e que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu". Ela disse: "Espero que sejas benevolente para com tua serva! " Então ela seguiu seu caminho, comeu, e seu rosto já não estava mais abatido. Na manhã seguinte, eles se levantaram e adoraram ao Senhor; então voltaram para casa, em Ramá. Elcana teve relações com sua mulher Ana, e o Senhor se lembrou dela. Assim Ana engravidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel, dizendo: "Eu o pedi ao Senhor". Quando no ano seguinte Elcana subiu com toda a família para oferecer o sacrifício anual ao Senhor e para cumprir o seu voto, Ana não foi e disse a seu marido: "Depois que o menino for desmamado, eu o levarei e o apresentarei ao Senhor, e ele morará ali para sempre". Disse Elcana, seu marido: "Faça o que lhe parecer melhor. Fique aqui até desmamá-lo; que o Senhor apenas confirme a palavra dele! " Então ela ficou em casa e amamentou seu filho até que o desmamou. Depois de desmamá-lo, levou o menino, ainda pequeno, à casa do Senhor, em Siló, com um novilho de três anos de idade, uma arroba de farinha e uma vasilha de couro cheia de vinho. Eles sacrificaram o novilho e levaram o menino a Eli, e ela lhe disse: "Meu senhor, juro por tua vida que eu sou a mulher que esteve aqui a teu lado, orando ao Senhor. Era este menino que eu pedia, e o Senhor concedeu-me o pedido. Por isso, agora, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedicado ao Senhor". E ali adorou o Senhor.


Ana tinha o desejo de gerar um filho e diante de tal desejo orou a Deus e colocou diante dEle seu pedido. O Senhor o ouviu e lhe concedeu Samuel. Tudo ocorreu no tempo por Ele ordenado. Ainda que as coisas não pareçam seguir um caminho, só Deus pode dar a palavra final. Samuel foi dedicado a Deus para servi-lo como gratidão de Ana.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Josué 24

Então Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou as autoridades, os líderes, os juízes e os oficiais de Israel, e eles compareceram diante de Deus. Josué disse a todo o povo: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Há muito tempo, os seus antepassados, inclusive Terá, pai de Abraão e de Naor, viviam além do Eufrates e prestavam culto a outros deuses. Mas eu tirei seu pai Abraão da terra dalém do Eufrates e o conduzi por toda a Canaã e lhe dei muitos descendentes. Dei-lhe Isaque, e a Isaque dei Jacó e Esaú. A Esaú dei os montes de Seir, mas Jacó e seus filhos desceram para o Egito. "‘Então enviei Moisés e Arão e feri os egípcios com pragas, com as quais os castiguei, e depois tirei vocês de lá. Quando tirei os seus antepassados do Egito, vocês vieram para o mar, e os egípcios os perseguiram com carros de guerra e cavaleiros até o mar Vermelho. Mas os seus antepassados clamaram a mim, e eu coloquei trevas entre vocês e os egípcios; fiz voltar o mar sobre eles e os encobrir. Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu fiz com os egípcios. Depois disso vocês viveram no deserto longo tempo. "‘Eu os trouxe para a terra dos amorreus que viviam a leste do Jordão. Eles lutaram contra vocês, mas eu os entreguei nas suas mãos. Eu os destruí diante de vocês, e vocês se apossaram da terra deles. Quando Balaque, rei de Moabe, filho de Zipor, se preparava para lutar contra Israel, mandou buscar Balaão, filho de Beor, para lançar maldição sobre vocês. Mas eu não quis ouvir Balaão, de modo que ele os abençoou vez após vez, e eu os livrei das mãos dele. "‘Depois vocês atravessaram o Jordão e chegaram a Jericó. Os chefes de Jericó lutaram contra vocês, assim como os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os hititas, os girgaseus, os heveus e os jebuseus, mas eu os entreguei nas mãos de vocês. Eu lhes causei pânico para expulsá-los de diante de vocês, como fiz aos dois reis amorreus. Não foi a espada e o arco que lhes deram a vitória. Foi assim que lhes dei uma terra que vocês não cultivaram e cidades que vocês não construíram. Nelas vocês moram, e comem de vinhas e olivais que não plantaram’. "Agora temam o Senhor e sirvam-no com integridade e fidelidade. Joguem fora os deuses que os seus antepassados adoraram além do Eufrates e no Egito, e sirvam ao Senhor. Se, porém, não lhes agrada servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor". Então o povo respondeu: "Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses! Foi o próprio Senhor, o nosso Deus, que nos tirou, a nós e a nossos pais, do Egito, daquela terra de escravidão, e realizou aquelas grandes maravilhas diante dos nossos olhos. Ele nos protegeu no caminho e entre as nações pelas quais passamos. Além disso, o Senhor expulsou de diante de nós todas as nações, inclusive os amorreus, que viviam nesta terra. Nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus". Josué disse ao povo: "Vocês não têm condições de servir ao Senhor. Ele é Deus santo! É Deus zeloso! Ele não perdoará a rebelião e o pecado de vocês. Se abandonarem o Senhor e servirem a deuses estrangeiros, ele se voltará contra vocês e os castigará. Mesmo depois de ter sido bondoso com vocês, ele os exterminará". O povo, porém, respondeu a Josué: "De maneira nenhuma! Nós serviremos ao Senhor". Disse então Josué: "Vocês são testemunhas contra vocês mesmos de que escolheram servir ao Senhor". "Somos", responderam eles. Disse Josué: "Agora, então, joguem fora os deuses estrangeiros que estão com vocês e voltem-se de coração para o Senhor, o Deus de Israel". E o povo disse a Josué: "Serviremos ao Senhor nosso Deus e lhe obedeceremos". Naquele dia Josué firmou um acordo com o povo em Siquém, e lhe deu decretos e leis. Josué registrou essas coisas no Livro da Lei de Deus. Depois ergueu uma grande pedra ali, sob a Grande Árvore, perto do santuário do Senhor. Então disse ele a todo o povo: "Vejam esta pedra! Ela será uma testemunha contra nós, pois ouviu todas as palavras que o Senhor nos disse. Será uma testemunha contra vocês, caso sejam infiéis ao Deus de vocês". Depois Josué despediu o povo, e cada um foi para a sua propriedade. Passado algum tempo, Josué, filho de Num, servo do Senhor, morreu. Tinha cento e dez anos de idade. E o sepultaram na terra que recebeu por herança, em Timnate-Sera, nos montes de Efraim, ao norte do monte Gaás. Israel serviu ao Senhor durante toda a vida de Josué e dos líderes que sobreviveram depois dele e que sabiam de tudo o que o Senhor fizera em favor de Israel. Os ossos de José, que os israelitas haviam trazido do Egito, foram enterrados em Siquém, no quinhão de terra que Jacó havia comprado dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata. Aquele terreno tornou-se herança dos descendentes de José. Sucedeu também que Eleazar, filho de Arão, morreu e foi sepultado em Gibeá, que fora dada a seu filho Finéias, nos montes de Efraim.


Josué no final de sua vida reuniu o povo de Israel e lembrou-o do que Deus fizera desde o início. Assim mandam que eles decidam se querem permanecer servindo a Deus ou aos outros deuses, mas ele decidiu instruir sua casa a permanecer fiel ao Senhor. Josué ainda insiste com o povo para fazê-lo tomar uma decisão consciente, de forma que não imputassem a decisão a pressão feita por ele ou qualquer outro, bem como para que tivessem ciência da implicação de sua decisão.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Josué 23

Passado muito tempo, depois que o Senhor concedeu a Israel descanso de todos os inimigos ao redor, Josué, agora velho, de idade muito avançada, convocou todo o Israel, com as autoridades, os líderes, os juízes e os oficiais, e lhes disse: "Estou velho, com idade muito avançada. Vocês mesmos viram tudo o que o Senhor, o seu Deus, fez com todas essas nações por amor a vocês; foi o Senhor, o seu Deus, que lutou por vocês. Lembrem-se de que eu reparti por herança para as tribos de vocês toda a terra das nações, tanto as que ainda restam como as que conquistei entre o Jordão e o mar Grande, a oeste. O Senhor, o seu Deus, as expulsará da presença de vocês. Ele as empurrará de diante de vocês, e vocês se apossarão da terra delas, como o Senhor lhes prometeu. "Façam todo o esforço para obedecer e cumprir tudo o que está escrito no Livro da Lei de Moisés, sem se desviar, nem para a direita nem para a esquerda. Não se associem com essas nações que restam no meio de vocês. Não invoquem os nomes dos seus deuses nem jurem por eles. Não lhes prestem culto nem se inclinem perante eles. Mas apeguem-se somente ao Senhor, ao seu Deus, como fizeram até hoje. "O Senhor expulsou de diante de vocês nações grandes e poderosas; até hoje ninguém conseguiu resistir a vocês. Um só de vocês faz fugir mil, pois o Senhor, o seu Deus, luta por vocês, conforme prometeu. Por isso dediquem-se com zelo a amar o Senhor, o seu Deus. "Se, todavia, vocês se afastarem e se aliarem aos sobreviventes dessas nações que restam no meio de vocês, e se casarem com eles e se associarem com eles, estejam certos de que o Senhor, o seu Deus, já não expulsará essas nações de diante de vocês. Ao contrário, elas se tornarão armadilhas e laços para vocês, chicote em suas costas e espinhos em seus olhos, até que vocês desapareçam desta boa terra que o Senhor, o seu Deus, deu a vocês. "Agora estou prestes a ir pelo caminho de toda a terra. Vocês sabem, lá no fundo do coração e da alma, que nenhuma das boas promessas que o Senhor, o seu Deus, lhes fez deixou de cumprir-se. Todas se cumpriram; nenhuma delas falhou. Mas, assim como cada uma das boas promessas do Senhor, do seu Deus, se cumpriu, também o Senhor fará cumprir-se em vocês todo o mal com que os ameaçou, até eliminá-los desta boa terra que lhes deu. Se vocês violarem a aliança que o Senhor, o seu Deus, lhes ordenou, e passarem a cultuar outros deuses e a inclinar-se diante deles, a ira do Senhor se acenderá contra vocês, e vocês logo desaparecerão da boa terra que ele lhes deu".


Aqui já no final da vida de Josué ele recomenda ao povo que permaneça firme no Senhor. Lembra a eles que foi Deus que agiu em favor deles e se não se esquecerem do Senhor permanecerão recebendo as bençãos que Ele prometeu. Apesar de sabermos que o povo posteriormente se desviou dos caminhos de Deus, uma nova aliança foi proposta pelo Senhor, não mais apenas ao povo de Israel, mas a todas as pessoas que desejassem fazer parte desta aliança. Mesmo com o novo pacto temos que, por amor, cumprir os mandamentos divinos.

domingo, 13 de julho de 2014

Josué 22

Josué convocou as tribos de Rúben, de Gade e a metade da tribo de Manassés e lhes disse: "Vocês fizeram tudo o que Moisés, servo do Senhor, ordenou. Durante muito tempo, e até hoje, vocês não abandonaram os seus irmãos, mas cumpriram a missão que o Senhor, o seu Deus, lhes entregou. Agora que o Senhor, o seu Deus, já concedeu descanso aos seus irmãos israelitas, como tinha prometido, voltem para casa, para a terra que Moisés, servo do Senhor, lhes deu no outro lado do Jordão. Mas guardem fielmente o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, lhes deu de amar o Senhor, o seu Deus, andar em todos os seus caminhos, obedecer aos seus mandamentos, apegar-se a ele e servi-lo de todo o coração e de toda a alma". Então Josué os abençoou e os despediu, e eles foram para casa. ( À metade da tribo de Manassés Moisés dera terras em Basã, e à outra metade da tribo Josué dera terras no lado oeste do Jordão, junto com outros israelitas. ) Ao mandá-los para casa, Josué os abençoou, dizendo: "Voltem para casa com as riquezas que juntaram: grandes rebanhos, prata, ouro, bronze e ferro, e muitas roupas. Dividam com os seus irmãos os despojos de seus inimigos". Assim as tribos de Rúben, de Gade e a metade da tribo de Manassés deixaram os outros israelitas em Siló, na terra de Canaã, para voltarem para Gileade, sua própria terra, da qual se apossaram de acordo com a ordem do Senhor, dada por meio de Moisés. Quando chegaram a Gelilote, perto do Jordão, em Canaã, as tribos de Rúben, de Gade e a metade da tribo de Manassés construíram um imponente altar ali, junto ao Jordão. E, quando os outros israelitas souberam que eles tinham construído o altar na fronteira de Canaã, em Gelilote, perto do Jordão, no lado israelita, toda a comunidade de Israel reuniu-se em Siló para guerrear contra eles. Então os israelitas enviaram Finéias, filho do sacerdote Eleazar, à terra de Gileade, às tribos de Rúben e Gade e à metade da tribo de Manassés. Com ele enviaram dez líderes, um de cada tribo de Israel, sendo cada um deles chefe de suas respectivas famílias dentre os clãs israelitas. Quando chegaram a Gileade, às tribos de Rúben e de Gade e à metade da tribo de Manassés, disseram-lhes: "Assim diz toda a comunidade do Senhor: ‘Como foi que vocês cometeram essa infidelidade para com o Deus de Israel? Como foi que se afastaram do Senhor, construindo um altar para vocês, rebelando-se assim contra ele? Já não nos bastou o pecado de Peor? Até hoje não nos purificamos daquele pecado, muito embora uma praga tenha caído sobre a comunidade do Senhor! E agora vocês estão abandonando o Senhor!" ‘Se hoje vocês se rebelarem contra o Senhor, amanhã a sua ira cairá sobre toda a comunidade de Israel. Se a terra que vocês receberam como propriedade está contaminada, passem então para a terra que pertence ao Senhor, onde está o tabernáculo do Senhor, e se apossem de um território entre nós. Mas não se rebelem contra o Senhor nem contra nós, construindo para vocês um altar que não seja o altar do Senhor, do nosso Deus. Quando Acã, filho de Zerá, foi infiel com relação às coisas consagradas, não caiu a ira sobre toda a comunidade de Israel? E ele não foi o único que morreu por causa do seu pecado’". Então as tribos de Rúben, de Gade e a metade da tribo de Manassés responderam aos chefes dos clãs de Israel: "O Poderoso, Deus, o Senhor! O Poderoso, Deus, o Senhor! Ele sabe! E que Israel o saiba! Se agimos com rebelião ou infidelidade para com o Senhor, não nos poupem hoje. Se construímos nosso próprio altar para nos afastarmos do Senhor e para oferecermos holocaustos e ofertas de cereal, ou sacrifícios de comunhão sobre ele, que o próprio Senhor nos peça contas disso! "Ao contrário! Fizemos isso temendo que no futuro os seus descendentes dissessem aos nossos: ‘Que relação vocês têm com o Senhor, com o Deus de Israel? Homens de Rúben e de Gade! O Senhor fez do Jordão uma fronteira entre nós e vocês. Vocês não têm parte com o Senhor’. Assim os seus descendentes poderiam levar os nossos a deixarem de temer o Senhor. "É por isso que resolvemos construir um altar, não para holocaustos ou sacrifícios, mas, para que esse altar sirva de testemunho entre nós e vocês e as gerações futuras, de que cultuaremos o Senhor em seu santuário com nossos holocaustos, sacrifícios e ofertas de comunhão. Então, no futuro, os seus descendentes não poderão dizer aos nossos: ‘Vocês não têm parte com o Senhor’. "E dissemos: Se algum dia disserem isso a nós ou aos nossos descendentes, responderemos: Vejam a réplica do altar do Senhor que os nossos antepassados construíram, não para holocaustos ou sacrifícios, mas como testemunho entre nós e vocês. "Longe de nós nos rebelarmos contra o Senhor e nos afastarmos dele, construindo para holocaustos, ofertas de cereal e sacrifícios um altar que não seja o altar do Senhor, do nosso Deus, que está diante do seu tabernáculo!" Quando o sacerdote Finéias e os líderes da comunidade, os chefes dos clãs dos israelitas, ouviram o que os homens de Rúben, de Gade e de Manassés disseram, deram-se por satisfeitos. E Finéias, filho do sacerdote Eleazar, disse a Rúben, a Gade e a Manassés: "Hoje sabemos que o Senhor está conosco, pois vocês não foram infiéis para com o Senhor. E assim vocês livraram os israelitas da mão do Senhor". Então Finéias, filho do sacerdote Eleazar, e os líderes voltaram do encontro com os homens de Rúben e de Gade em Gileade, e foram para Canaã dar relatório aos outros israelitas. Estes se alegraram com o relatório e louvaram a Deus. E não mais falaram em guerrear contra as tribos de Rúben e de Gade, nem em devastar a região onde eles viviam. Os homens de Rúben e de Gade deram ao altar este nome: Um Testemunho Entre Nós de que o Senhor é Deus.


Josué mandou a parte do povo que ficaria do outro lado do Jordão de volta para casa, mandando que eles não se esquecessem do Senhor e não descumprissem suas leis. Seus corações deveriam permanecer fiéis ao Senhor após cumprirem sua missão. Com a construção do altar a intenção do povo não era descumprir o mandamento de oferecer ofertas ao Senhor fora do lugar estabelecido e nem cultuar a outros deuses, mas fazer um memorial para si e seus descendentes visando que não se esquecessem a quem deveriam servir e não descumprirem os mandamentos. Sem saber disto o resto do povo vai guerrear contra eles para que não fossem castigados por Deus, já que eram um só povo. Felizmente antes de partir para guerra enviaram uma "comissão" para que o povo aparentemente desviado pudesse se explicar. Assim, Israel manteve-se unido e fiel ao mandamento divino.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Josué 21

Os chefes de família dos levitas se aproximaram do sacerdote Eleazar, de Josué, filho de Num, e dos chefes das outras famílias das tribos dos israelitas em Siló, na terra de Canaã, e lhes disseram: "O Senhor ordenou por meio de Moisés que vocês nos dessem cidades onde possamos habitar, e pastagens para os nossos animais". Por isso, de acordo com a ordem do Senhor, os israelitas deram da sua própria herança as seguintes cidades com suas pastagens aos levitas: A sorte saiu primeiro para os coatitas, clã por clã. Os levitas, que eram descendentes do sacerdote Arão, receberam treze cidades das tribos de Judá, de Simeão e de Benjamim. Os outros descendentes de Coate receberam dez cidades dos clãs das tribos de Efraim e de Dã, e da metade da tribo de Manassés. Os descendentes de Gérson receberam treze cidades dos clãs das tribos de Issacar, de Aser e de Naftali, e da metade da tribo de Manassés estabelecida em Basã. Os descendentes de Merari, clã por clã, receberam doze cidades das tribos de Rúben, de Gade e de Zebulom. Dessa maneira os israelitas deram aos levitas essas cidades com suas pastagens, como o Senhor tinha ordenado por meio de Moisés. Das tribos de Judá e de Simeão, os israelitas deram as seguintes cidades, indicadas nominalmente. Foram dadas aos descendentes de Arão que pertenciam aos clãs coatitas dos levitas, pois para eles saiu a primeira sorte: Quiriate-Arba, que é Hebrom, com as suas pastagens ao redor, nos montes de Judá. ( Arba era antepassado de Enaque.) Mas os campos e os povoados em torno da cidade foram dados a Calebe, filho de Jefoné, como sua propriedade. Assim, aos descendentes do sacerdote Arão deram Hebrom, cidade de refúgio para os acusados de homicídio, Libna, Jatir, Estemoa, Holom, Debir, Aim, Jutá e Bete-Semes, cada qual com os seus arredores. Foram nove cidades dadas por essas duas tribos. Da tribo de Benjamim deram-lhes Gibeom, Geba, Anatote e Almom, cada qual com os seus arredores. Eram quatro cidades. Todas as cidades dadas aos sacerdotes, descendentes de Arão, foram treze; cada qual com os seus arredores. Os outros clãs coatitas dos levitas receberam cidades da tribo de Efraim. Nos montes de Efraim receberam Siquém, cidade de refúgio para os acusados de homicídio, Gezer, Quibzaim e Bete-Horom, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades. Também da tribo de Dã receberam Elteque, Gibetom, Aijalom e Gate-Rimom, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades. Da meia tribo de Manassés receberam Taanaque e Gate-Rimom, cada qual com os seus arredores. Eram duas cidades. Todas essas dez cidades e seus arredores foram dadas aos outros clãs coatitas. Os clãs levitas gersonitas receberam da metade da tribo de Manassés: Golã, em Basã, cidade de refúgio para os acusados de homicídio, e Beesterá, cada qual com os seus arredores. Foram duas cidades. Receberam da tribo de Issacar: Quisiom, Daberate, Jarmute e En-Ganim, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades. Receberam da tribo de Aser: Misal, Abdom, Helcate e Reobe, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades. Receberam da tribo de Naftali: Quedes, na Galiléia, cidade de refúgio dos acusados de homicídio, Hamote-Dor e Cartã, cada qual com os seus arredores. Foram três cidades. Todas as cidades dos clãs gersonitas foram treze. Os clãs meraritas, o restante dos levitas, receberam as seguintes cidades: Da tribo de Zebulom: Jocneão, Cartá, Dimna e Naalal, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades. Da tribo de Rúben: Bezer, Jaza,
Quedemote e Mefaate, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades. Da tribo de Gade: em Gileade, Ramote, cidade de refúgio dos acusados de homicídio, Maanaim, Hesbom e Jazar, cada qual com os seus arredores. Foram quatro cidades ao todo. Todas as cidades dadas aos clãs meraritas, que eram o restante dos levitas, foram doze. No total, as cidades dos levitas nos territórios dos outros israelitas foram quarenta e oito cidades com os seus arredores. Cada uma de todas essas cidades tinha pastagens ao seu redor. Assim o Senhor deu aos israelitas toda a terra que tinha prometido sob juramento aos seus antepassados, e eles tomaram posse dela e se estabeleceram ali. O Senhor lhes concedeu descanso de todos os lados, como tinha jurado aos seus antepassados. Nenhum dos seus inimigos pode resisti-los, pois o Senhor entregou a todos eles em suas mãos. De todas as boas promessas do Senhor à nação de Israel, nenhuma delas falhou; todas se cumpriram.



O texto diz que todas as promessas boas do Senhor foram cumpridas. Com isso, sabemos que apenas algumas as ameaças feitas a Israel caso desobedecessem a Deus foram cumpridas. Deus sempre cumpre suas promessas, com isso se o obedecemos Ele cuidará de nós como prometeu.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Josué 20

Disse o Senhor a Josué: "Diga aos israelitas que designem as cidades de refúgio, como lhes ordenei por meio de Moisés,
para que todo aquele que matar alguém sem intenção e acidentalmente possa fugir para lá e proteger-se do vingador da vítima. "Quando o homicida involuntário fugir para uma dessas cidades, terá que colocar-se junto à porta da cidade e expor o caso às autoridades daquela cidade. Eles o receberão e lhe darão um local para morar entre eles. Caso o vingador da vítima o persiga, eles não o entregarão, pois matou seu próximo acidentalmente, sem maldade e sem premeditação. Todavia, ele terá que permanecer naquela cidade até comparecer a julgamento perante a comunidade e até morrer o sumo sacerdote que estiver servindo naquele período. Então poderá voltar para a sua própria casa, à cidade de onde fugiu". Assim eles separaram Quedes, na Galiléia, nos montes de Naftali, Siquém, nos montes de Efraim, e Quiriate-Arba, que é Hebrom, nos montes de Judá. No lado leste do Jordão, perto de Jericó designaram Bezer, no planalto desértico da tribo de Rúben; Ramote, em Gileade, na tribo de Gade; e Golã, em Basã, na tribo de Manassés. Qualquer israelita ou estrangeiro residente que matasse alguém sem intenção, poderia fugir para qualquer dessas cidades para isso designadas e escapar do vingador da vítima, antes de comparecer a julgamento perante a comunidade.



Por viver a sociedade na lei do olho por olho e dente por dente, Deus providenciou uma maneira de garantir a algumas pessoas uma forma de se proteger. Há que se ressaltar que não haveria simplesmente uma proteção sem análise, mas haveria julgamento da ação da pessoa. A garantia de proteção seria até o julgamento, caso a pessoa fosse condenada. Caso absolvida permaneceria até a morte do sumo sacerdote. Outro detalhe importante é que não poderia haver maldade ou premeditação na morte, ou seja, caso a pessoa tivesse premeditado ou maldade a cidade não seria para esta pessoa.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Josué 19

Na segunda vez, a sorte saiu para a tribo de Simeão, clã por clã. A herança deles ficava dentro do território de Judá. Eles receberam: Berseba ou Seba, Moladá, Hazar-Sual, Balá, Ázen, Eltolade, Betul, Hormá, Ziclague, Bete-Marcabote, Hazar-Susa, Bete-Lebaote e Saruém. Eram treze cidades com os seus povoados; Aim, Rimom, Eter e Asã, quatro cidades com os seus povoados, e todos os povoados ao redor dessas cidades, até Baalate-Beer, que é Ramá, no Neguebe. Essa foi a herança da tribo dos simeonitas, clã por clã. A herança dos simeonitas foi tirada de Judá, pois Judá recebera mais terras do que precisava. Assim os simeonitas receberam a sua herança dentro do território de Judá. Na terceira vez, a sorte saiu para Zebulom, clã por clã. A fronteira da sua herança ia até Saride. De lá ia para o oeste, chegava a Maralá, alcançava Dabesete, e se estendia até o ribeiro próximo a Jocneão. De Saride fazia uma curva para o leste, para o lado do nascente, em direção ao território de Quislote-Tabor, prosseguia até Daberate e subia para Jafia. Depois continuava para o leste, até Gate-Hefer e Ete-Cazim, chegava a Rimom e fazia uma curva na direção de Neá. Do norte a fronteira voltava até Hanatom e terminava no vale de Iftá-El. Aí também estavam Catate, Naalal, Sinrom, Idala e Belém. Eram doze cidades com os seus povoados. Essas cidades com os seus povoados foram a herança de Zebulom, clã por clã. Na quarta vez, a sorte saiu para Issacar, clã por clã. Seu território abrangia: Jezreel, Quesulote, Suném, Hafaraim, Siom, Anaarate, Rabite, Quisiom, Ebes, Remete, En-Ganim, En-Hadá e Bete-Pazes. A fronteira chegava a Tabor, Saazima e Bete-Semes, e terminava no Jordão. Eram dezesseis cidades com os seus povoados. Essas cidades com os seus povoados foram a herança da tribo de Issacar, clã por clã. Na quinta vez, a sorte saiu para Aser, clã por clã. Seu território abrangia: Helcate, Hali, Béten, Acsafe, Alameleque, Amade e Misal. A oeste a fronteira alcançava o Carmelo e Sior-Libnate. De lá virava para o leste em direção a Bete-Dagom, alcançava Zebulom e o vale de Iftá-El, e ia para o norte, para Bete-Emeque e Neiel, passando por Cabul, à esquerda, Ebrom, Reobe, Hamom e Caná, até Sidom, a grande. Depois a fronteira voltava para Ramá e ia para a cidade fortificada de Tiro, virava na direção de Hosa e terminava no mar, na região de Aczibe, Umá, Afeque e Reobe. Eram vinte e duas cidades com os seus povoados. Essas cidades com os seus povoados foram a herança da tribo de Aser, clã por clã. Na sexta vez, a sorte saiu para Naftali, clã por clã. Sua fronteira ia desde Helefe e do Carvalho de Zaanim, passava por Adami-Neguebe e Jabneel, e ia até Lacum, terminando no Jordão. Voltando para o oeste, a fronteira passava por Aznote-Tabor e ia para Hucoque. Atingia Zebulom ao sul, Aser a oeste e o Jordão a leste. As cidades fortificadas eram Zidim, Zer, Hamate, Racate, Quinerete, Adamá, Ramá, Hazor, Quedes, Edrei, En-Hazor, Irom, Migdal-El, Horém, Bete-Anate e Bete-Semes. Eram dezenove cidades com os seus povoados. Essas cidades com os seus povoados foram a herança da tribo de Naftali, clã por clã. Na sétima vez, a sorte saiu para Dã, clã por clã. O território da sua herança abrangia: Zorá, Estaol, Ir-Semes, Saalabim, Aijalom, Itla, Elom, Timna, Ecrom, Elteque, Gibetom, Baalate, Jeúde, Bene-Beraque, Gate-Rimom, Me-Jarcom e Racom, e a região defronte de Jope. Mas a tribo de Dã teve dificuldade para tomar posse do seu território. Por isso atacaram Lesém, conquistaram-na, passaram-na ao fio da espada e a ocuparam. Estabeleceram-se em Lesém e lhe deram o nome de Dã, por causa do seu antepassado. Essas cidades com os seus povoados foram a herança da tribo de Dã, clã por clã. Quando terminaram de dividir a terra em territórios delimitados, os israelitas deram a Josué, filho de Num, uma herança no meio deles, como o Senhor tinha ordenado. Deram-lhe a cidade que ele havia pedido, Timnate-Sera, nos montes de Efraim, onde ele reconstruiu a cidade e se estabeleceu. Foram esses os territórios que o sacerdote Eleazar, Josué, filho de Num, e os chefes dos clãs das tribos de Israel repartiram por sorteio em Siló, na presença do Senhor, à entrada da Tenda do Encontro. E assim terminaram de dividir a terra.


Todas as tribos de Israel receberam um pedaço de terra para si. Todavia diante da liderança de Josué por tantos anos deram a ele e sua descendência uma cidade a sua escolha, conforme Deus ordenara. Deus recompensou a Josué por sua obediência e liderança. A recompensa que recebemos por obediência e por cumprir seu chamado nem sempre se dará materialmente, mas sempre há recompensa.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Josué 18

Toda a comunidade dos israelitas reuniu-se em Siló e ali armou a Tenda do Encontro. A terra foi dominada por eles; mas, sete tribos ainda não tinham recebido a sua herança. Então Josué disse aos israelitas: "Até quando vocês vão negligenciar a posse da terra que o Senhor, o Deus dos seus antepassados, lhes deu? Escolham três homens de cada tribo, e eu os enviarei. Eles vão examinar a terra e mapeá-la, conforme a herança de cada tribo. Depois voltarão a mim. Dividam a terra em sete partes. Judá ficará em seu território ao sul, e a tribo de José em seu território ao norte. Depois que fizerem um mapa das sete partes da terra, tragam-no para mim, e eu farei sorteio para vocês na presença do Senhor, do nosso Deus. Mas os levitas nada receberão entre vocês, pois o sacerdócio do Senhor é a herança deles. Gade, Rúben e a metade da tribo de Manassés já receberam a sua herança no lado leste do Jordão, dada a eles por Moisés, servo do Senhor". Quando os homens estavam de partida para mapear a terra, Josué os instruiu: "Vão examinar a terra e façam uma descrição dela. Depois voltem, e eu farei um sorteio para vocês aqui em Siló, na presença do Senhor". Os homens partiram e percorreram a terra. Descreveram-na num rolo, cidade por cidade, em sete partes, e retornaram a Josué, ao acampamento de Siló. Josué fez então um sorteio para eles em Siló, na presença do Senhor, e ali distribuiu a terra aos israelitas, conforme a porção devida a cada tribo. Saiu a sorte para a tribo de Benjamim, clã por clã. O território sorteado ficava entre as tribos de Judá e José: No lado norte a sua fronteira começava no Jordão, passava pela encosta norte de Jericó e prosseguia para o oeste, para a região montanhosa, terminando no deserto de Bete-Áven. Dali ia para a encosta sul de Luz, que é Betel, e descia para Atarote-Adar, na montanha que está ao sul de Bete-Horom Baixa. Da montanha que fica defronte de Bete-Horom, no sul, a fronteira virava para o sul, ao longo do lado ocidental, e terminava em Quiriate-Baal, que é Quiriate-Jearim, cidade do povo de Judá. Esse era o lado ocidental. A fronteira sul começava no oeste, nos arredores de Quiriate-Jearim, e chegava à fonte de Neftoa. A fronteira descia até o sopé da montanha que fica defronte do vale de Ben-Hinom, ao norte do vale de Refaim. Depois, prosseguia, descendo pelo vale de Hinom ao longo da encosta sul da cidade dos jebuseus e chegava até En-Rogel. Fazia então uma curva para o norte, ia para En-Semes, continuava até Gelilote, que fica defronte da subida de Adumim, e descia até a Pedra de Boã, nome filho de Rúben. Prosseguia para a encosta norte de Bete-Arabá, e daí descia para a Arabá. Depois ia para a encosta norte de Bete-Hogla e terminava na baía norte do mar Salgado, na foz do Jordão, no sul. Essa era a fronteira sul. O Jordão delimitava a fronteira oriental. Essas eram as fronteiras que demarcavam por todos os lados a herança dos clãs de Benjamim. A tribo de Benjamim, clã por clã, recebeu as seguintes cidades: Jericó, Bete-Hogla, Emeque-Queziz, Bete-Arabá, Zemaraim, Betel, Avim, Pará, Ofra, Quefar-Amonai, Ofni e Geba. Eram doze cidades com os seus povoados. Gibeom, Ramá, Beerote, Mispá, Quefira, Mosa, Requém, Irpeel, Tarala, Zela, Elefe, Jebus, que é Jerusalém, Gibeá e Quiriate. Eram catorze cidades com os seus povoados. Essa foi a herança dos clãs de Benjamim.


A terra foi dividida por Deus entre as tribos. O sorteio utilizado não era mero "jogo de sorte", mas o meio que utilizavam para que Deus falasse. Vale lembrar que Deus não mais se apresentava falando de forma audível a todo o povo. O Urim e Tumim era o meio mais utilizado para descobrir a vontade de Deus.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Josué 17

Estas foram as terras distribuídas à tribo de Manassés, filho mais velho de José. Foram entregues a Maquir, filho mais velho de Manassés. Maquir, pai de Gileade, guerreiro valente, recebeu Gileade e Basã. Também foram dadas terras para os clãs dos outros filhos de Manassés: Abiezer, Heleque, Asriel, Siquém, Héfer e Semida. Esses são os filhos homens de Manassés, filho de José, de acordo com os seus clãs. Zelofeade, porém, filho de Héfer, neto de Gileade, bisneto de Maquir, trineto de Manassés, não teve nenhum filho, mas somente filhas. Seus nomes eram Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza. Elas foram ao sacerdote Eleazar, a Josué, filho de Num, e aos líderes, e disseram: "O Senhor ordenou a Moisés que nos desse uma herança entre os nossos parentes". Josué deu-lhes então uma herança entre os irmãos de seu pai, de acordo com a ordem do Senhor. A tribo de Manassés recebeu dez quinhões de terra, além de Gileade e Basã, que ficam a leste do Jordão, pois tanto as descendentes de Manassés como os filhos dele receberam herança. A terra de Gileade ficou para os outros descendentes de Manassés. O território de Manassés estendia-se desde Aser até Micmetá, a leste de Siquém. A fronteira ia dali para o sul, chegando até o povo que vivia em En-Tapua. As terras de Tapua eram de Manassés, mas a cidade de Tapua, na fronteira de Manassés, pertencia aos efraimitas. Depois a fronteira descia até o ribeiro de Caná. Ao sul do ribeiro havia cidades pertencentes a Efraim que ficavam em meio às cidades de Manassés, mas a fronteira de Manassés ficava ao norte do ribeiro e terminava no mar. Do lado sul a terra pertencia a Efraim; do lado norte, a Manassés. O território de Manassés chegava até o mar e alcançava Aser, ao norte, e Issacar, a leste. Em Issacar e Aser, Manassés tinha também Bete-Seã, Ibleã e as populações de Dor, En-Dor, Taanaque e Megido, com os seus respectivos povoados. A terceira da lista é Nafote. Mas os manassitas não conseguiram expulsar os habitantes dessas cidades, pois os cananeus estavam decididos a viver naquela região. Entretanto, quando os israelitas se fortaleceram, submeteram os cananeus a trabalhos forçados, mas não os expulsaram totalmente. Os descendentes de José disseram então a Josué: "Por que nos deste apenas um quinhão, uma só porção de herança? Somos um povo numeroso, e o Senhor nos tem abençoado ricamente". Respondeu Josué: "Se vocês são tão numerosos, e se os montes de Efraim têm pouco espaço para vocês, subam, entrem na floresta e limpem o terreno para vocês na terra dos ferezeus e dos refains". Os descendentes de José responderam: "Os montes não são suficientes para nós; além disso todos os cananeus que vivem na planície possuem carros de ferro, tanto os que vivem em Bete-Seã e seus povoados como os que vivem no vale de Jezreel". Josué, porém, disse à tribo de José, a Efraim e a Manassés: "Vocês são numerosos e poderosos. Vocês não terão apenas um quinhão.
Os montes cobertos de floresta serão de vocês. Limpem o terreno, e será de vocês, até os seus limites mais distantes. Embora os cananeus possuam carros de ferro e sejam fortes, vocês poderão expulsá-los".




Aqui se confirma a tese de que o povo de Israel começou a confiar que as conquistas vinham de seus próprios braços, já que após Josué mandar o povo conquistar a terra dos cananeus a resposta deles foi o medo do poderio dos inimigos. Todavia uma vez que Deus tinha prometido a terra não havia quem pudesse impedir a conquista, exceto o próprio povo de Israel com sua descrença. No início do texto há uma doação das terras aos irmãos do pai pois como as mulheres não podiam receber herança ou administrar bens era necessário algum familiar para tal. Por este motivo viúvas sem filhos homens quase sempre viviam na miséria absoluta até encontrarem um novo marido, se conseguissem.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Josué 16

As terras distribuídas aos descendentes de José iam desde o Jordão, perto de Jericó, a leste das águas de Jericó, e daí subiam pelo deserto até a serra que vai de Jericó a Betel. De Betel, que é Luz, iam para o território dos arquitas, em Atarote, desciam para o oeste, até o território dos jafletitas, chegando à região de Bete-Horom Baixa, e prosseguiam até Gezer, terminando no mar. Assim os descendentes de Manassés e Efraim, filhos de José, receberam a sua herança. Este era o território de Efraim, clã por clã: A fronteira da sua herança ia de Atarote-Adar, a leste, até Bete-Horom Alta, e prosseguia até o mar. De Micmetá, ao norte, fazia uma curva para o leste, até Taanate-Siló, e, passando por ela, ia até Janoa, a leste. Depois descia de Janoa para Atarote e Naarate, encostava em Jericó e terminava no Jordão. De Tapua a fronteira seguia rumo oeste até o ribeiro de Caná e terminava no mar. Essa foi a herança da tribo dos efraimitas, clã por clã, que incluía todas as cidades com os seus povoados, separadas para os efraimitas na herança dos manassitas. Os cananeus de Gezer não foram expulsos, e até hoje vivem no meio do povo de Efraim, mas são sujeitos a trabalhos forçados.


Como os cananeus não foram expulsos da Terra Prometida percebemos que o mandamento divino de não deixar sequer um habitantes dos povos inimigos junto a eles para não se contaminarem não foi cumprida. Raabe e sua família foram um caso a parte já que reconheceram a grandeza do Deus de Israel, se converteram e então se juntaram ao povo. A missão de Israel, podemos dizer, era proclamar aos povos que há apenas o Deus de Israel (I Sm 17.46).