sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Apocalipse 17

Um dos sete anjos que tinham as sete taças aproximou-se e me disse: "Venha, eu lhe mostrarei o julgamento da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas, com quem os reis da terra se prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição". Então o anjo me levou no Espírito para um deserto. Ali vi uma mulher montada numa besta vermelha, que estava coberta de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de azul e vermelho, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Segurava um cálice de ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição. Em sua testa havia esta inscrição: MISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRANDE; A MÃE DAS PROSTITUTAS E DAS PRÁTICAS REPUGNANTES DA TERRA. Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, fiquei muito admirado. Então o anjo me disse: "Por que você está admirado? Eu lhe explicarei o mistério dessa mulher e da besta sobre a qual ela está montada, que tem sete cabeças e dez chifres. A besta que você viu, era e já não é. Ela está para subir do abismo e caminha para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e entretanto virá. "Aqui se requer mente sábia. As sete cabeças são sete colinas sobre as quais está sentada a mulher. São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo. A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição. "Os dez chifres que você viu são dez reis que ainda não receberam reino, mas que por uma hora receberão autoridade como reis, juntamente com a besta. Eles têm um único propósito, e darão seu poder e sua autoridade à besta. Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis". Então o anjo me disse: "As águas que você viu, onde está sentada a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. A besta e os dez chifres que você viu odiarão a prostituta. Eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo, pois Deus colocou no coração deles o desejo de realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordarem em dar à besta o poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras de Deus. A mulher que você viu é a grande cidade que reina sobre os reis da terra".


A prostituta representa as seduções do mundo e a "Babilônia" muito provavelmente seria Roma visto que o paganismo estava nela de forma a incentivar a imoralidade sexual e idolatria, inclusive dos cristãos. Os poderes do império às vezes acabavam com a prosperidade e assim as circunvizinhanças destroem Roma. A besta falsifica a soberania de Deus para atrair as pessoas.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Apocalipse 16

Então ouvi uma forte voz que vinha do santuário dizendo aos sete anjos: "Vão derramar sobre a terra as sete taças da ira de Deus". O primeiro anjo foi e derramou a sua taça pela terra, e abriram-se feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a marca da besta e adoravam a sua imagem. O segundo anjo derramou a sua taça no mar, e este se transformou em sangue como de um morto, e morreu toda criatura que vivia no mar. O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes de águas, e eles se transformaram em sangue. Então ouvi o anjo que tem autoridade sobre as águas dizer: "Tu és justo, tu, o Santo, que és e que eras, porque julgaste estas coisas; pois eles derramaram o sangue dos teus santos e dos teus profetas, e tu lhes deste sangue para beber, como eles merecem". E ouvi o altar responder: "Sim, Senhor Deus todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos". O quarto anjo derramou a sua taça no sol, e foi dado poder ao sol para queimar os homens com fogo. Estes foram queimados pelo forte calor e amaldiçoaram o nome de Deus, que tem domínio sobre estas pragas; contudo se recusaram a se arrepender e a glorificá-lo. O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino ficou em trevas. De tanta agonia, os homens mordiam a própria língua, e blasfemavam contra o Deus do céu, por causa das suas dores e das suas feridas; contudo, recusaram-se a arrepender-se das obras que haviam praticado. O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e secaram-se as suas águas para que fosse preparado o caminho para os reis que vêm do Oriente. Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios que realizam sinais miraculosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso. "Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha". Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom. O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e do santuário saiu uma forte voz que vinha do trono, dizendo: "Está feito!" Houve, então, relâmpagos, vozes, trovões e um forte terremoto. Nunca havia ocorrido um terremoto tão forte como esse desde que o homem existe sobre a terra. A grande cidade foi fracionada em três partes, e as cidades das nações se desmoronaram. Deus lembrou-se da grande Babilônia e lhe deu o cálice do vinho do furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e as montanhas desapareceram. Caíram sobre os homens, vindas do céu, enormes pedras de granizo, de cerca de trinta e cinco quilos cada; eles blasfemaram contra Deus por causa do granizo, pois a praga fora terrível.


As pragas das 7 taças são semelhantes às pragas do Egito. Apesar de todo sofrimento, o texto diz que as pessoas não se arrependem dos seus pecados. Na batalha final todas as forças do mal são reunidas para lutar contra o Cordeiro, se assemelhando, novamente, a batalha de Faraó contra Israel, apesar da extensão universal das forças serem distintas. As batalhas apocalípticas se baseiam nos textos de Ezequiel 38 e 39. O nome Armagedom, em hebraico, significa "monte de Megido" que era uma cidade do A.T. de grande importância, ligando os grandes reinos da Mesopotâmia e do Egito.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Apocalipse 15

Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a ira de Deus. Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, de pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos". Depois disso olhei, e vi que se abriu no céu o santuário, o tabernáculo da aliança. Saíram do santuário os sete anjos com as sete pragas. Eles estavam vestidos de linho puro e resplandecente, e tinham cinturões de ouro ao redor do peito. E um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. O santuário ficou cheio da fumaça da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no santuário enquanto não se completassem as sete pragas dos sete anjos.


A cena da adoração se assemelha a cena dos capítulos 4 e 5. As taças se assemelham às trombetas, todavia são mais terríveis, visto que atingem a toda a terra. A alusão ao cântico de Moisés se refere a Êxodo 15, no qual os israelitas são libertos da opressão idólatra através dos flagelos enviados por Deus. Por fim, o santuário cheio da fumaça lembra que essa fumaça, geralmente, está ligada a presença de Deus, especialmente quando está irado, como é o caso do monte Sinai (Êx. 19) e as visões de Isaías e Ezequiel (Is 6.4 e Ez 1.4).

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Apocalipse 14

Então olhei, e diante de mim estava o Cordeiro, de pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil que traziam escritos na testa o nome dele e o nome de seu Pai. Ouvi um som do céu como o de muitas águas e de um forte trovão. Era como o de harpistas tocando suas harpas. Eles cantavam um cântico novo diante do trono, dos quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, a não ser os cento e quarenta e quatro mil que haviam sido comprados da terra. Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois se conservaram castos e seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá. Foram comprados dentre os homens e ofertados como primícias a Deus e ao Cordeiro. Mentira nenhuma foi encontrada em suas bocas; são imaculados. Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo. Ele disse em alta voz: "Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas". Um segundo anjo o seguiu, dizendo: "Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição!" Um terceiro anjo os seguiu, dizendo em alta voz: "Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber a sua marca na testa ou na mão, também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira. Será ainda atormentado com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro, e a fumaça do tormento de tais pessoas sobe para todo o sempre. Para todos os que adoram a besta e a sua imagem, e para quem recebe a marca do seu nome, não há descanso, dia e noite". Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus. Então ouvi uma voz do céu dizendo: "Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante". Diz o Espírito: "Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão". Olhei, e diante de mim estava uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém "semelhante a um filho de homem". Ele estava com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. Então saiu do santuário um outro anjo, que bradou em alta voz àquele que estava assentado sobre a nuvem: "Tome a sua foice e faça a colheita, pois a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la". Assim, aquele que estava assentado sobre a nuvem passou sua foice pela terra, e a terra foi ceifada. Outro anjo saiu do santuário do céu, trazendo também uma foice afiada. E ainda outro anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada: "Tome sua foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra, porque as suas uvas estão maduras!" O anjo passou a foice pela terra, ajuntou as uvas e as lançou no grande lagar da ira de Deus. Elas foram pisadas no lagar, fora da cidade, e correu sangue do lagar, chegando ao nível dos freios dos cavalos, numa distância de cerca de trezentos quilômetros.


Os 144.000 representam todos os santos. A castidade, espiritualmente falando, representa a pureza espiritual. Os que não fazem parte dos santos são idólatras, representação de prostituição. A parte da colheita é a descrição da segunda vinda de Cristo, que lembrando textos como Mateus 13 e Joel 3.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Apocalipse 13

Vi uma besta que saía do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças, com dez coroas, uma sobre cada chifre, e em cada cabeça um nome de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a um leopardo, mas tinha pés como os de urso e boca como a de leão. O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Uma das cabeças da besta parecia ter sofrido um ferimento mortal, mas o ferimento mortal foi curado. Todo o mundo ficou maravilhado e seguiu a besta. Adoraram o dragão, que tinha dado autoridade à besta, e também adoraram a besta, dizendo: "Quem é como a besta? Quem pode guerrear contra ela?" À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses. Ela abriu a boca para blasfemar contra Deus e amaldiçoar o seu nome e o seu tabernáculo, os que habitam no céu. Foi-lhe dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los. Foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Todos os habitantes da terra adorarão a besta, a saber, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo. Aquele que tem ouvidos ouça: Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém há de ser morto à espada, à espada haverá de ser morto. Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos. Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão. Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado. E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens. Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra da besta que fora ferida pela espada e contudo revivera. Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem. Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis.


A besta emergindo do mar representa um poder que vem para perseguir, especialmente um poder de um estado endemoninhado. As bestas descritas representam reinos de idolatria e tem em comum aspectos citados em Daniel 7. Muitos entendem que a perseguição começou com Roma, visto que o imperador romano mandava matar todos quanto não o adorassem, e se estende até o fim. Os cristãos se surpreendidos por essas pressões não devem sucumbir, mas se necessário enfrentar o martírio, visto que Deus está no controle. Os cristãos mortos apesar de parecerem perdedores, são vitoriosos, pois imediatamente usufruem da vitória de Cristo. A besta que emerge da terra, ou falso profeta, faz propaganda da primeira besta. Assim, falsifica o testemunho do Espírito Santo, especialmente porque antes da segunda vinda falsos milagres acompanharão o aparecimento do "homem da iniquidade". Da mesma forma que os cristãos têm o selo de Deus (o Espírito Santo), a besta marcará os seus, como um sinal. Muitos alegam ser uma marca visível, mas o mais provável, pensando no selo de Deus, é a falsificação de um selo espiritual. Por causa da data mencionada muitos alegam ter sido Nero o anticristo, mas não é possível garantir sua veracidade, já que tudo o que Nero tem de semelhança é o nome em hebraico, que equivale ao número 666. Não há como fixar data para a segunda vinda de Cristo.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Apocalipse 12

Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz. Então apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres, tendo sobre as cabeças sete coroas. Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono. A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias. Houve então uma guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar no céu. O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado à terra. Então ouvi uma forte voz do céu que dizia: "Agora veio a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, pois foi lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso Deus, dia e noite. Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram; diante da morte, não amaram a própria vida. Portanto, celebrem, ó céus, e os que neles habitam! Mas, ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vocês! Ele está cheio de fúria, pois sabe que lhe resta pouco tempo". Quando o dragão viu que havia sido lançado à terra, começou a perseguir a mulher que dera à luz o menino. Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que ela pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto, onde seria sustentada durante um tempo, tempos e meio tempo, fora do alcance da serpente. Então a serpente fez jorrar da sua boca água como um rio, para alcançar a mulher e arrastá-la com a correnteza. A terra, porém, ajudou a mulher, abrindo a boca e engolindo o rio que o dragão fizera jorrar da sua boca. O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. Então o dragão se pôs em pé na areia do mar.


A partir daqui, as visões sao uma demonstração da guerra espiritual travada. Ainda que com toda a perseguição,  Deus continua a cuidar dos seus. No texto a mulher representa Maria, que tem um papel importante como geradora do Salvador,  não  sendo mais importante que os demais. A passagem não fala da expulsão de Satanás do céu no início da criação,  mas de sua derrota na cruz e ressurreição. Visto que o diabo não pôde destruir a Cristo,  decidiu perseguir sua igreja no intuito de destruí-la.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Apocalipse 11

Deram-me um caniço semelhante a uma vara de medir, e me foi dito: "Vá e meça o templo de Deus e o altar, e conte os adoradores que lá estiverem. Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois ele foi dado aos gentios. Eles pisarão a cidade santa durante quarenta e dois meses. Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco". Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da terra. Se alguém quiser lhes causar dano, da boca deles sairá fogo que devorará os seus inimigos. É assim que deve morrer qualquer pessoa que quiser causar-lhes dano. Estes homens têm poder para fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em que estiverem profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem. Quando eles tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá vencê-los e matá-los. Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande cidade, que figuradamente é chamada Sodoma e Egito, onde também foi crucificado o seu Senhor. Durante três dias e meio, homens de todos povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra. Mas, depois dos três dias e meio, entrou neles um sopro de vida da parte de Deus, e eles ficaram de pé, e um grande terror tomou conta daqueles que os viram. Então eles ouviram uma forte voz do céu que lhes disse: "Subam para cá". E eles subiram para o céu numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam. Naquela mesma hora houve um forte terremoto, e um décimo da cidade ruiu. Sete mil pessoas foram mortas no terremoto; os sobreviventes ficaram aterrorizados e deram glória ao Deus do céu. O segundo ai passou; o terceiro ai virá em breve. O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve altas vozes no céu que diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre". Os vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronos diante de Deus prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: "Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo de julgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, os teus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes, e de destruir os que destroem a terra". Então foi aberto o santuário de Deus no céu, e ali foi vista a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, um terremoto e um grande temporal de granizo.


Quando Deus manda medir o templo mostra que Deus conhece e cuida dos seus. Os que estão do lado de fora do templo estão sujeitos a destruição por não serem os verdadeiros adoradores. Pouco antes da segunda vinda de Cristo haverá um tempo de conflito entre o povo de Deus e seus inimigos, o tempo que durará é extremamente controverso entre os comentaristas bíblicos. As duas testemunhas citadas são representantes importantes de Deus. Não necessariamente serão dois indivíduos, podendo simbolizar igrejas. Há menções que se relacionam, provavelmente, com Zacarias 4. A ressurreição das testemunhas lembra a ressurreição de Jesus e o arrebatamento de Elias. Elas são exemplo de perseverança, ainda que a perseguição da besta implique em martírio. Se as testemunhas são indivíduos literalmente a interpretação deve ser vista de forma literal, se forem igrejas, interpreta-se como a vitória do testemunho cristão. O segundo ciclo de juízos se encerra com a descrição da segunda vinda e menção do juízo final.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Apocalipse 10

Então vi outro anjo poderoso, que descia do céu. Ele estava envolto numa nuvem, e havia um arco-íris acima de sua cabeça. Sua face era como o sol, e suas pernas eram como colunas de fogo. E ele segurava um livrinho, que estava aberto em sua mão. Colocou o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra, e deu um alto brado, como o rugido de um leão. Quando ele bradou, os sete trovões falaram. Logo que os sete trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz do céu, que disse: "Sele o que disseram os sete trovões, e não o escreva". Então o anjo que eu tinha visto de pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou os céus e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela há, e o mar e tudo o que nele há, dizendo: "Não haverá mais demora! Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai se cumprir o mistério de Deus, da forma como ele o anunciou aos seus servos, os profetas". Depois falou comigo mais uma vez a voz que eu tinha ouvido falar do céu: "Vá, pegue o livro aberto que está na mão do anjo que se encontra de pé sobre o mar e sobre a terra". Assim me aproximei do anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Ele me disse: "Pegue-o e coma-o! Ele será amargo em seu estômago, mas em sua boca será doce como mel". Peguei o livrinho da mão do anjo e o comi. Ele me pareceu doce como mel em minha boca; mas, ao comê-lo, senti que o meu estômago ficou amargo. Então me foi dito: "É preciso que você profetize de novo acerca de muitos povos, nações, línguas e reis".


Em regra, entende-se o livro como as Escrituras Sagradas, que para o cristão é um livro saboroso, doce, que traz felicidade. Há, também, referências ao que se supõe ser o mesmo livro em Ezequiel 2.9 e Daniel 12. Apesar do livro trazer aviso de julgamento e condenação eterna, para o cristão, mesmo não sendo agradável imaginar o próximo sofrendo, se satisfará na justiça divina sendo feita. Diante desta consciência, somos incitados a profetizar, a proclamar a mensagem de condenação e a possibilidade de salvação da humanidade. Esta mensagem deve ser entregue a todos "povos, nações, línguas e reis".

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Apocalipse 9

O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia caído do céu sobre a terra. À estrela foi dada a chave do poço do Abismo. Quando ela abriu o Abismo, subiu dele fumaça como a de uma gigantesca fornalha. O sol e o céu escureceram com a fumaça que saía do abismo. Da fumaça saíram gafanhotos que vieram sobre a terra, e lhes foi dado poder como o dos escorpiões da terra. Eles receberam ordens para não causar dano nem à relva da terra nem a qualquer planta ou árvore, mas apenas àqueles que não tinham o selo de Deus na testa. Não lhes foi dado poder para matá-los, mas sim para causar-lhes tormento durante cinco meses. A agonia que eles sofreram era como a da picada do escorpião. Naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles. Os gafanhotos pareciam cavalos preparados para a batalha. Tinham sobre a cabeça algo como coroas de ouro, e o rosto deles parecia rosto humano. Os cabelos deles eram como os de mulheres e os dentes como os de leão. Tinham couraças como couraças de ferro, e o som das suas asas era como o barulho de muitos cavalos e carruagens correndo para a batalha. Tinham caudas e ferrões como de escorpiões, e na cauda tinham poder para causar tormento aos homens durante cinco meses. Tinham um rei sobre eles, o anjo do Abismo, cujo nome, em hebraico, é Abadom, e, em grego, Apoliom. O primeiro ai passou; dois outros ais ainda estão por vir. O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das pontas do altar de ouro que está diante de Deus. Ela disse ao sexto anjo que tinha a trombeta: "Solte os quatro anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates". Os quatro anjos, que estavam preparados para aquela hora, dia, mês e ano, foram soltos para matar um terço da humanidade. O número dos cavaleiros que compunham os exércitos era de duzentos milhões; eu ouvi o seu número. Os cavalos e os cavaleiros que vi em minha visão tinham este aspecto: as suas couraças eram vermelhas como o fogo, azul-escuras, e amarelas como o enxofre. A cabeça dos cavalos parecia a cabeça de um leão, e da boca lançavam fogo, fumaça e enxofre. Um terço da humanidade foi morto pelas três pragas de fogo, fumaça e enxofre que saíam das suas bocas. O poder dos cavalos estava na boca e na cauda; pois as suas caudas eram como cobras; tinham cabeças com as quais feriam as pessoas. O restante da humanidade que não morreu por essas pragas, nem assim se arrependeu das obras das suas mãos; eles não pararam de adorar os demônios e os ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e madeira, ídolos que não podem ver nem ouvir nem andar. Também não se arrependeram dos seus assassinatos, das suas feitiçarias, da sua imoralidade sexual e dos seus roubos.


Neste momento, segundo comentaristas, os demônios são libertos para agir contra, somente, os ímpios. Vale destacar que a praga se assemelha a do Egito (Êxodo 10). O anjo do Abismo tem o nome, traduzido, de "Destruidor". Apesar de, para alguns, Deus parecer mal por permitir a morte de muitos, a bondade de Deus pode ser vista no fato de permitir que muitos outros vivam para se arrependerem. Todavia, segundo o texto, eles ainda assim continuam nos caminhos perversos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Apocalipse 8

Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu por volta de meia hora. Vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus; a eles foram dadas sete trombetas. Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e se colocou de pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso juntamente com as orações dos santos. Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto. Então os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las. O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e granizo e fogo misturado com sangue foram lançados sobre a terra. Foi queimado um terço da terra, um terço das árvores e toda a planta verde. O segundo anjo tocou a sua trombeta, e algo como um grande monte em chamas foi lançado ao mar. Um terço do mar transformou-se em sangue, morreu um terço das criaturas vivas do mar e foi destruído um terço das embarcações. O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, queimando como tocha, sobre um terço dos rios e das fontes de águas; o nome da estrela é Absinto. Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos morreram pela ação das águas que se tornaram amargas. O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferido um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas, de forma que um terço deles escureceu. Um terço do dia ficou sem luz, e também um terço da noite. Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que voava pelo meio do céu e dizia em alta voz: "Ai, ai, ai dos que habitam na terra, por causa do toque das trombetas que está prestes a ser dado pelos três outros anjos!"


As trombetas tocadas pelos anjos são o anúncio da próxima calamidade, que mostra o juízo ficando mais intenso. As quatro primeiras taças afetavam exatamente as quatro partes: terra, mar, água doce e céu. A segunda vinda é acompanhada pela destruição final do universo natural e pelo julgamento dos seres humanos. Como aconteceu com as pragas no Egito, as três últimas pragas separação nitidamente os justos dos perversos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Apocalipse 7

Depois disso vi quatro anjos de pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que qualquer vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer árvore. Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar: "Não danifiquem nem a terra, nem o mar nem as árvores, até que selemos as testas dos servos do nosso Deus". Então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. Da tribo de Judá foram selados doze mil, da tribo de Rúben, doze mil, da tribo de Gade, doze mil, da tribo de Aser, doze mil, da tribo de Naftali, doze mil, da tribo de Manassés, doze mil, da tribo de Simeão, doze mil, da tribo de Levi, doze mil, da tribo de Issacar, doze mil, da tribo de Zebulom, doze mil, da tribo de José, doze mil, da tribo de Benjamim, doze mil. Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. E clamavam em alta voz: "A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro". Todos os anjos estavam de pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus, dizendo: "Amém! Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém!" Então um dos anciãos me perguntou: "Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?" Respondi: "Senhor, tu o sabes". E ele disse: "Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso, eles estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário; e aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Não cairá sobre eles sol, e nenhum calor abrasador, pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima".


Os santos são protegidos por Deus de forma que, somente após terem a certeza de que Deus os reconhece como filhos, o sétimo selo é aberto. Deus conhece todos os santos e nenhum é esquecido. Alguns entendem que a grande tribulação será um período final de perseguição, todavia em toda história da igreja os cristãos foram perseguidos. O final do capítulo visa, principalmente, confortar os cristão do 1º século por causa da perseguição que vinham sofrendo.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Apocalipse 6

Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: "Venha!" Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco! Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer. Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: "Venha!" Então saiu outro cavalo; e este era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar a paz da terra e fazer que os homens se matassem uns aos outros. E lhe foi dada uma grande espada. Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: "Venha! " Olhei, e diante de mim estava um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha na mão uma balança. Então ouvi o que parecia uma voz entre os quatro seres viventes, dizendo: "Um quilo de trigo por um denário, e três quilos de cevada por um denário, e não danifique o azeite e o vinho!" Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: "Venha!" Olhei, e diante de mim estava um cavalo amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades o seguia de perto. Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra. Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: "Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?" Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles. Observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha como sangue,
e as estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem da figueira quando sacudidos por um vento forte. O céu foi se recolhendo como se enrola um pergaminho, e todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus lugares. Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos — todos os homens, quer escravos, quer livres, esconderam-se em cavernas e entre as rochas das montanhas. Eles gritavam às montanhas e às rochas: "Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?"



Os 4 cavaleiros representam conquista, guerra, fome e morte. Vale ressaltar que essas coisas acontecem desde o Império Romano. As sete igrejas foram exortadas a colocarem sua fé em Deus, não no Império Romano. Apesar de o cavalo branco poder parecer Cristo, não o é, sendo mais provável simbolizar a conquista em forma de calamidade terrena. A fome será tão intensa que os pobres apenas terão condições de se alimentar e de comida de menor qualidade, todavia a menção ao azeite e vinho indicam que os ricos ainda conseguirão comprar itens mais caros. Os santos martirizados não clamam por justiça desejando vingança, mas porque desejam ver a justiça divina plenamente manifesta. Todos serão julgados por Deus, não há um sequer que escapará.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Apocalipse 5

Então vi na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo escrito de ambos os lados e selado com sete selos. Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz: "Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?" Mas não havia ninguém, nem no céu nem na terra nem debaixo da terra, que podia abrir o livro, ou sequer olhar para ele. Eu chorava muito, porque não se encontrou ninguém que fosse digno de abrir o livro e de olhar para ele. Então um dos anciãos me disse: "Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos". Então vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, de pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra. Ele se aproximou e recebeu o livro da mão direita daquele que estava assentado no trono. Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos; e eles cantavam um cântico novo: "Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra". Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os anciãos, e cantavam em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!" Depois ouvi todas as criaturas existentes no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles há, que diziam: "Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre!" Os quatro seres viventes disseram: "Amém", e os anciãos prostraram-se e o adoraram.


O livro pode ter diversos significados: o pacto de Deus, sua lei, seus promessas ou seus planos. João chora por ansiar o cumprimento dos desígnios divinos. Todavia pelo sacrifício de Cristo somos redimidos. O texto fala em "parecia ter estado morto" porque apesar de Cristo ter morrido, ele estava vivo, ressurreto. Em regra os chifres significam poder, assim pode-se entender como o poder do Espírito de Cristo cheio da vida eterna. O texto se encerra com o louvor que é dado por todas as criaturas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Apocalipse 4

Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando comigo como trombeta, disse: "Suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas". Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém. Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono, ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e tinham na cabeça coroas de ouro. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. Também diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal. No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás. O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia quando em vôo. Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: "Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir". Toda vez que os seres viventes dão glória, honra e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam as suas coroas diante do trono, dizem: "Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas".


Neste momento João consegue ver o céu para relatar um pouco da grandeza. Os 24 anciãos, segundo a maior parte dos estudiosos, representam as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos, ou seja, a igreja ideal. Quando aos seres viventes há algumas possibilidades, representarem os 4 evangelhos (segundo os pais da igreja), representação de todos os seres criados ou dos anjos. Há diferença entre os cânticos entoados pelos anciãos e pelos seres viventes. Ainda assim ambos exaltam a onipotência e soberania de Deus.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Apocalipse 3

Ao anjo da igreja em Sardes escreva: Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto. Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer, pois não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus. Lembre-se, portanto, do que você recebeu e ouviu; obedeça e arrependa-se. Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você. No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não contaminaram as suas vestes. Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos. O vencedor será igualmente vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreva: Estas são as palavras daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir. Conheço as suas obras. Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar. Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome. Vejam o que farei com aqueles que são sinagoga de Satanás e que se dizem judeus e não são, mas são mentirosos. Farei que se prostrem aos seus pés e reconheçam que eu amei você. Visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam na terra. Venho em breve! Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa. Farei do vencedor uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá. Escreverei nele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu da parte de Deus; e também escreverei nele o meu novo nome. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao anjo da igreja em Laodicéia escreva: Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da criação de Deus. Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar. Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se. Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.


O capítulo começa dirigido a igreja de Sardes e a condena por ser uma igreja morta, mas que finge estar viva. Isto não se refere a liturgia, mas à conduta dela. Ela conhece muito bem o evangelho, mas não o segue. Apesar disto há pessoas que fazem parte desta igreja que são realmente convertidas e elas herdarão o Reino e por nada, absolutamente nada, perderão a salvação. Ressalta-se o conceito de salvação, qual seja, um processo contínuo que só tem fim no céu. Ou a pessoa é salva ou jamais foi, salvação são se perde. Posteriormente Filadélfia é mencionada, nela há o reconhecimento de que ela é fraca, ou pouco forte, mas, ainda assim, ela não negou o evangelho. Desta forma é instada a manter-se fiel. Por fim, Laodicéia é mencionada. Ela é uma igreja que é morna, ou seja, como se diz, uma igreja de "crente raimundo" (um pé na igreja e outro no mundo). Pode-se supor que seja do tipo de gente que domingo na igreja é o santarrão, conhece todas as Escrituras e se declara um cristão fiel, durante a semana no trabalho, escola e demais ambientes até parece que a pessoa jamais ouviu sobre o evangelho, dando sempre mal testemunho. A estes Deus dá a chance de se arrependerem. O castigo divino não é sinônimo de ira, de ódio, mas de amor que busca ensinar. Quando o texto fala de Jesus batendo na porta, ao contrário do que se fala, não é do coração, mas da igreja. Esta igreja do texto participava de uma ceia sem o dono do banquete, o que mostra o quão longe de Deus estavam. Imaginar a ceia sem o messias é tão grave quanto imaginar o céu sem Deus. O texto diz "cearei com ele, e ele comigo" o que nos mostra chance de intimidade. Permitir que Jesus entre em nossas vidas e nossas igrejas significa partilhar não apenas uma refeição, mas toda a vida, é permitir que Ele seja o dono da casa. A estes Ele chama para reinar ao lado dEle por toda a eternidade.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Apocalipse 2

Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: Estas são as palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro. Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores. Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do meu nome, e não tem desfalecido. Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. Mas há uma coisa a seu favor: você odeia as práticas dos nicolaítas, como eu também as odeio. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei o direito de comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus. Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver. Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás. Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. Saibam que o diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte. Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva: Estas são as palavras daquele que tem a espada afiada de dois gumes. Sei onde você vive, onde está o trono de Satanás. Contudo, você permanece fiel ao meu nome e não renunciou à sua fé em mim, nem mesmo quando Antipas, minha fiel testemunha, foi morto nessa cidade, onde Satanás habita. No entanto, tenho contra você algumas coisas: você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual. De igual modo você tem também os que se apegam aos ensinos dos nicolaítas. Portanto, arrependa-se! Se não, virei em breve até você e lutarei contra eles com a espada da minha boca. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe. Ao anjo da igreja em Tiatira escreva: Estas são as palavras do Filho de Deus, cujos olhos são como chama de fogo e os pés como bronze reluzente. Conheço as suas obras, o seu amor, a sua fé, o seu serviço e a sua perseverança, e sei que você está fazendo mais agora do que no princípio. No entanto, contra você tenho isto: você tolera Jezabel, aquela mulher que se diz profetisa. Com os seus ensinos, ela induz os meus servos à imoralidade sexual e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos. Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade sexual, mas ela não quer se arrepender. Por isso, vou fazê-la adoecer e trarei grande sofrimento aos que cometem adultério com ela, a não ser que se arrependam das obras que ela pratica. Matarei os filhos dessa mulher. Então, todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês de acordo com as suas obras. Aos demais que estão em Tiatira, a vocês que não seguem a doutrina dela e não aprenderam, como eles dizem, os profundos segredos de Satanás, digo: não porei outra carga sobre vocês; tão-somente apeguem-se com firmeza ao que vocês têm, até que eu venha. Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações. "Ele as governará com cetro de ferro e as despedaçará a um vaso de barro" Eu lhes darei a mesma autoridade que recebi autoridade de meu Pai. Também lhe darei a estrela da manhã. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.


O grande erro da igreja de Éfeso foi ter deixado o primeiro amor, ou seja, Deus. Eles estavam amando mais coisas ou pessoas do que ao Criador. O texto remete à árvore da vida (Gn. 2.9). O homem teve a chance de comer dela e não morrer, mas preferiu comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Aqui os crentes comerão da 1ª árvore, fazendo a escolha que Adão devia ter feito e, assim, vivendo eternamente. Conforme o texto, havia falsos cristãos na igreja de Esmirna, assim, Deus permitiria uma provação de forma a que mostrassem serem joio ou trigo. A igreja de Pérgamo era cristão apenas no nome, mas não seguia os ensinamentos de Cristo e por isso o próprio Deus ameaçou batalhar contra esta igreja. De nada vale demonstrar boas obras, amor, etc e ser tolerante com o pecado. Deus dá a chance de nos arrependermos, mas se não o fazemos estamos provando nossa verdadeira essência. João encerra o capítulo repetindo a frase que manda que se dê ouvidos ao que o Espírito diz.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Apocalipse 1

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo. João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém. Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém. "Eu sou o Alfa e o Ômega", diz o Senhor Deus, "o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso". Eu, João, irmão e companheiro de vocês no sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus, estava na ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, que dizia: "Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia". Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro e entre os candelabros alguém "semelhante a um filho de homem", com uma veste que chegava aos seus pés e um cinturão de ouro ao redor do peito. Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas. Tinha em sua mão direita sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor. Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: "Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades. "Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas".


João estava exilado na ilha de Patmos quando teve a visão do livro de Apocalipse. Este livro é, talvez, o de maior divergência na interpretação, o que faz necessário observar diversos estudiosos para se adotar uma possível interpretação. Infelizmente há, também, muitas interpretações equivocadas que são passadas como verdade ou mesmo que não equivocadas que são passadas como a única possível. Ressalto que João Calvino, grande estudioso que era, comentou toda a Bíblia, exceto Apocalipse. João começa o texto dizendo que naquela época o tempo do final dos tempos estava próximo, o que nos mostra que o tempo de Deus é completamente diferente do nosso. O fim pode se dar ainda hoje, como daqui a milhares de anos. A volta messiânica será aos olhos de todos, inclusive os mortos a verão. Interessante reparar que nenhuma das 7 igrejas, hoje, ainda existe. João viu o Messias em sua forma mais gloriosa de tal forma que sequer conseguiu se manter em pé.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

2 Timóteo 4

Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério. Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda. Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério. Enviei Tíquico a Éfeso. Quando você vier, traga a capa que deixei na casa de Carpo, em Trôade, e os meus livros, especialmente os pergaminhos. Alexandre, o ferreiro, causou-me muitos males. O Senhor lhe dará a retribuição pelo que fez. Previna-se contra ele, porque se opôs fortemente às nossas palavras. Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar; todos me abandonaram. Que isso não lhes cobrado. Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças, para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada, e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará de toda obra maligna e me levará a salvo para o seu Reino celestial. A ele seja a glória para todo o sempre. Amém. Saudações a Priscila e Áqüila, e à casa de Onesíforo. Erasto permaneceu em Corinto, mas deixei Trófimo doente em Mileto. Procure vir antes do inverno. Êubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos enviam-lhe saudações. O Senhor seja com o seu espírito. A graça seja com vocês.


Paulo nos instrui a estarmos sempre prontos pra testemunhar de nossa fé, que nada mais é do que expor as Escrituras. Paulo sabe que sua morte se aproxima e afirma que cumpriu sua missão sem abandonar a fé apesar dos problemas. Apesar de alguns terem abandonado a Paulo ou o terem traído ele não pede vingança, mas deixa a cargo do Senhor. Mesmo sem ninguém ter tido coragem de ser testemunha de Paulo Deus o fortificou para pregar a Palavra. A morte não é algo que amedronte a Paulo, mas apenas um meio usado por Deus para levá-lo para Seu reino.