terça-feira, 2 de junho de 2015

Lamentações 5

Lembra-te, Senhor, do que tem acontecido conosco; olha e vê a nossa desgraça. Nossa herança foi entregue aos estranhos, nossas casas, aos estrangeiros. Somos órfãos de pai, nossas mães são viúvas. Temos que comprar a água que bebemos; nossa lenha, só conseguimos pagando. Aqueles que nos perseguem estão bem próximos; estamos exaustos e não temos como descansar. Submetemo-nos ao Egito e à Assíria a fim de conseguirmos pão. Nossos pais pecaram e já não existem mais, e nós levamos o castigo pelos seus pecados. Escravos dominam sobre nós, e não há quem possa livrar-nos das suas mãos. Conseguimos pão arriscando as nossas vidas enfrentando a espada do deserto. Nossa pele está quente como um forno, febril de tanta fome. As mulheres têm sido violentadas em Sião, e as virgens, nas cidades de Judá. Os líderes foram pendurados pelas mãos; aos idosos não se mostra nenhum respeito. Os jovens trabalham nos moinhos; os meninos cambaleiam sob o fardo de lenha. Os líderes já não se reúnem junto às portas da cidade; os jovens cessaram a sua música. Dos nossos corações fugiu a alegria; nossas danças se transformaram em lamentos. A coroa caiu da nossa cabeça. Ai de nós, porque temos pecado! E por esse motivo o nosso coração desfalece, e os nossos olhos perdem o brilho. Tudo porque o monte Sião está deserto, e os chacais perambulam por ele. Tu, Senhor, reinas para sempre; teu trono permanece de geração a geração. Por que motivo então te esquecerias de nós? Por que haverias de desamparar-nos por tanto tempo? Restaura-nos para ti, Senhor, para que voltemos; renova os nossos dias como os de antigamente, a não ser que já nos tenhas rejeitado completamente e a tua ira contra nós não tenha limite!


O profeta continua a lamentar a situação em que o povo se encontra, mas, ao final, pede a Deus que perdoe o povo e o traga de volta, de forma que não mais estejam em lamento, como estejam próximo ao Senhor. Ainda que passemos por situação semelhante, podemos lamentar, questionar a Deus, mas devemos ter ciência de que temos que ter esperança. Deus nos permite passar por tristeza, mas a alegria sempre vem pela manhã (Sl. 30).

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