quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Provérbios 13

O filho sábio atende à instrução do pai; mas o escarnecedor não ouve a repreensão. Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência. O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói. A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta. O justo odeia a palavra de mentira, mas o ímpio faz vergonha e se confunde. A justiça guarda ao que é de caminho certo, mas a impiedade transtornará o pecador. Há alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa nenhuma, e outros que se fazem de pobres e têm muitas riquezas. O resgate da vida de cada um são as suas riquezas, mas o pobre não ouve ameaças. A luz dos justos alegra, mas a candeia dos ímpios se apagará. Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria. A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará. A esperança adiada desfalece o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida. O que despreza a palavra perecerá, mas o que teme o mandamento será galardoado. A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte. O bom entendimento favorece, mas o caminho dos prevaricadores é áspero. Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucura. O que prega a maldade cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde. Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado. O desejo que se alcança deleita a alma, mas apartar-se do mal é abominável para os insensatos. O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído. O mal perseguirá os pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem. O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo. O pobre, do sulco da terra, tira mantimento em abundância; mas há os que se consomem por falta de juízo. O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga. O justo come até ficar satisfeito, mas o ventre dos ímpios passará necessidade.


Neste trecho Salomão fala sobre sabedoria no desejar e no falar. Em regra aqueles que muito falam não tem sabedoria e acabam por falar muita coisa indevida. Da mesma forma quem muito deseja quase não pára para agir e alcançar seus objetivos. Com relação ao que pouco fala, ele nos fala sobre o que ouve conselhos e sabe escutá-los, não apenas deixa as palavras ao vento, estes são sábios. Interessante que tanto no início quanto no final, Salomão volta a atenção para o filho, de forma a instruir aos pais a educar os filhos desde cedo para que sejam sábios no falar, escutar e desejar.

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