terça-feira, 20 de maio de 2014

Marcos 11

Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé e Betânia, perto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: "Vão ao povoado que está adiante de vocês; logo que entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui. Se alguém lhes perguntar: ‘Por que vocês estão fazendo isso? ’ digam-lhe: ‘O Senhor precisa dele e logo o devolverá’". Eles foram e encontraram um jumentinho, na rua, amarrado a um portão. Enquanto o desamarravam, alguns dos que ali estavam lhes perguntaram: "O que vocês estão fazendo, desamarrando esse jumentinho?" Os discípulos responderam como Jesus lhes tinha dito, e eles os deixaram ir. Trouxeram o jumentinho a Jesus, puseram sobre ele os seus mantos; e Jesus montou. Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam cortado nos campos. Os que iam adiante dele e os que o seguiam gritavam: "Hosana! " "Bendito é o que vem em nome do Senhor!" "Bendito é o Reino vindouro de nosso pai Davi! " "Hosana nas alturas!" Jesus entrou em Jerusalém e dirigiu-se ao templo. Observou tudo à sua volta e, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze. No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome. Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. Então lhe disse: "Ninguém mais coma de seu fruto". E os seus discípulos ouviram-no dizer isso. Chegando a Jerusalém, Jesus entrou no templo e ali começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo. E os ensinava, dizendo: "Não está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? Mas vocês fizeram dela um covil de ladrões". Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei ouviram essas palavras e começaram a procurar uma forma de matá-lo, pois o temiam, visto que toda a multidão estava maravilhada com o seu ensino. Ao cair da tarde, eles saíram da cidade. De manhã, ao passarem, viram a figueira seca desde as raízes. Lembrando-se Pedro, disse a Jesus: "Mestre! Vê! A figueira que amaldiçoaste secou!" Respondeu Jesus: "Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados". Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados. Chegaram novamente a Jerusalém e, quando Jesus estava passando pelo templo, aproximaram-se dele os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos e perguntaram. "Com que autoridade estás fazendo estas coisas? Quem te deu autoridade para fazê-las?" Respondeu Jesus: "Eu lhes farei uma pergunta. Respondam-me, e eu lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Digam-me!" Eles discutiam entre si, dizendo: "Se dissermos: ‘do céu’, ele perguntará: ‘Então por que vocês não creram nele?’ Mas se dissermos: ‘dos homens’... " Eles temiam o povo, pois todos realmente consideravam João um profeta. Eles responderam a Jesus: "Não sabemos". Disse então Jesus: "Tampouco lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas".


O ritual feito por Jesus era extremamente comum para reis, exceto por alguns detalhes. Jesus monta um jumento enquanto reis montavam um cavalo de raça, também jamais montado. Sua entrada em Jerusalém foi digna de um rei. O tratamento que lhe fora dado era um reconhecimento por parte da população de que fora enviado por Deus, algo que logo foi esquecido quando pediram sua crucificação. Jesus, ao amaldiçoar a figueira, estava ensinando que os cristãos devem dar frutos, senão ficarão caracterizados que não o são e somente servirão para serem lançados no fogo (Gl 5.22-23). O episódio do templo ocorreu porque as pessoas, assim como ocorre hoje em dia, começaram a transformar o culto a Deus em negócio, em forma de enriquecerem-se. A única diferença é que na época vendiam dentro do templo as coisas dos sacrifícios e hoje vendem livros, CDs e até bençãos. O problema em si não está em vender artigos religiosos, mas em transformar a venda de tais itens (exceto as bençãos prometidas) como principal motivo da existência do templo. Quando Jesus diz no versículo 24 que tudo que pedirmos em oração receberemos devemos interpretar este texto combinando com Tiago 4.3. Não é simplesmente pedir com fé que recebemos, mas precisamos pedir bem, ou seja, de acordo com a vontade de Deus.

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