sábado, 31 de maio de 2014

Esdras 2

Esta é a lista dos homens da província que Nabucodonosor, rei da Babilônia, tinha levado prisioneiros para a Babilônia. Eles voltaram para Jerusalém e Judá, cada um para a sua própria cidade. Vieram na companhia de Zorobabel, Jesua, Neemias, Seraías, Reelaías, Mardoqueu, Bilsã, Mispar, Bigvai, Reum e Baaná. Esta é a lista dos israelitas: os descendentes de Parós 2.172, de Sefatias 372 de Ara 775 de Paate-Moabe, por meio da linhagem de Jesua e Joabe, 2.812 de Elão 1.254, de Zatu 945,de Zacai 760, de Bani 642, de Bebai 623, de Azgade 1.222, de Adonicão 666, de Bigvai 2.056, de Adim 454, de Ater, por meio de Ezequias, 98 de Besai 323, de Jora 112, de Hasum 223, de Gibar 95, os da cidade de Belém 123, de Netofate 56, de Anatote 128, de Azmavete 42, de Quiriate-Jearim, Quefira e Beerote 743, de Ramá e Geba 621, de Micmás 122, de Betel e Ai 223, de Nebo 52, de Magbis 156, da outra Elão 1.254, de Harim 320, de Lode, Hadide e Ono 725, de Jericó 345, de Senaá 3.630. Os sacerdotes: os descendentes de Jedaías, por meio da família de Jesua 973, de Imer 1.052, de Pasur 1.247, de Harim 1.017. Os levitas: os descendentes de Jesua e de Cadmiel, por meio da linhagem de Hodavias 74. Os cantores: os descendentes de Asafe 128. Os porteiros do templo: os descendentes de Salum, Ater, Talmom, Acube, Hatita e Sobai 139. Os servidores do templo: os descendentes de Zia, Hasufa, Tabaote, Queros, Sia, Padom, Lebana, Hagaba, Acube, Hagabe, Sanlai, Hanã, Gidel, Gaar, Reaías, Rezim, Necoda, Gazão, Uzá, Paséia, Besai, Asná, Meunim, Nefusim, Bacbuque, Hacufa, Harur, Baslute, Meída, Harsa, Barcos, Sísera, Tamá, Nesias e Hatifa. Os descendentes dos servos de Salomão: os descendentes de Sotai, Soferete, Peruda, Jaala, Darcom, Gidel, Sefatias, Hatil, Poquerete-Hazebaim e Ami. O total dos servidores do templo e dos descendentes dos servos de Salomão 392. Os que chegaram das cidades de Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Adã e Imer, mas não puderam comprovar que suas famílias descendiam de Israel, foram os seguintes: Os descendentes de Delaías, Tobias e Necoda 652. E dentre os sacerdotes: Os descendentes de Habaías, Coz e Barzilai, homem que se casou com uma filha de Barzilai, de Gileade, e que era chamado pelo nome do sogro. Eles procuraram pelos seus registros de família, mas não conseguiram achá-los e foram considerados impuros para o sacerdócio. Por isso o governador os proibiu de comer alimentos sagrados enquanto não houvesse um sacerdote capaz de consultar a Deus por meio do Urim e do Tumim. A totalidade dos que voltaram do exílio atingiu o número de 42. 360 homens, além dos seus 7. 337 servos e servas; havia entre eles 200 cantores e cantoras. Possuíam 736 cavalos, 245 mulas, 435 camelos e 6. 720 jumentos. Quando chegaram ao templo do Senhor em Jerusalém, alguns dos chefes das famílias deram ofertas voluntárias para a reconstrução do templo de Deus no seu antigo local. De acordo com as suas possibilidades, deram à tesouraria para essa obra quinhentos quilos de ouro, três toneladas de prata e cem vestes sacerdotais. Os sacerdotes, os levitas, os cantores, os porteiros e os servidores do templo, bem como os demais israelitas, estabeleceram-se em suas cidades de origem.


O povo de Israel começa a retornar para sua terra para reconstruir o templo. Por causa do pecado dos descendentes dos sacerdotes eles foram excluídos da função já que não poderiam prestar culto sincero ao Senhor se estavam em pecado e não se arrependiam.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Esdras 1

No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, a fim de que se cumprisse a palavra do Senhor falada por Jeremias, o Senhor despertou o coração de Ciro, rei da Pérsia, para redigir uma proclamação e divulgá-la em todo o seu reino, nestes termos: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: "O Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-me para construir um templo para ele em Jerusalém de Judá. Qualquer do seu povo que esteja entre vocês, que o seu Deus esteja com ele, e que vá a Jerusalém de Judá reconstruir o templo do Senhor, o Deus de Israel, o Deus que em Jerusalém tem a sua morada. E que todo sobrevivente, seja qual for o lugar em que está vivendo, receba dos que ali vivem em prata, ouro, bens e animais; e ofertas voluntárias para o templo de Deus em Jerusalém". Então os líderes das famílias de Judá e de Benjamim, como também os sacerdotes e os levitas, todos aqueles cujo coração Deus despertou, dispuseram-se a ir para Jerusalém e a construir o templo do Senhor. Todos os seus vizinhos os ajudaram, trazendo-lhes utensílios de prata e ouro, bens, animais, e presentes valiosos, além de todas as ofertas voluntárias que fizeram. Além disso, o rei Ciro mandou tirar os utensílios pertencentes ao templo do Senhor, os quais Nabucodonosor tinha levado de Jerusalém e colocado no templo do seu deus. Ciro, rei da Pérsia, ordenou que fossem tirados pelo tesoureiro Mitredate, que os enumerou e os entregou a Sesbazar, governador de Judá. O total foi o seguinte: 30 tigelas de ouro, 1. 000 tigelas de prata, 29 panelas de prata, 30 bacias de ouro, 410 bacias de prata de qualidade inferior e 1. 000 outros objetos. Ao todo foram, na verdade, cinco mil e quatrocentos utensílos de ouro e de prata. Sesbazar trouxe tudo isso consigo quando os exilados vieram da Babilônia para Jerusalém.


Muitas pessoas não cristãs ao ler a Bíblia podem não entender como Deus pode ser poderoso se deixou seu povo sofrer exilado e passar por tantas outras circunstâncias adversas. Todavia, ao ler este capítulo, se pararmos para prestar atenção, vemos que Ciro, rei da Pérsia foi curvado pelo Deus de Israel. Ele temeu a esse Deus, tanto é que em sua fala Deus permitiu que ele reinasse sobre a terra e que construísse um templo a Ele. Após isso os judeus são instigados a participarem da reconstrução do templo.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Marcos 16

Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?" Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida. Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto. Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse’". Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas. Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi e contou aos que com ele tinham estado; eles estavam lamentando e chorando. Quando ouviram que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não creram. Depois Jesus apareceu noutra forma a dois deles, estando eles a caminho do campo. Eles voltaram e relataram isso aos outros; mas também nestes eles não creram. Mais tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto. E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados". Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.


Mais uma vez as pessoas que conviviam com Jesus não creram em Suas palavras de imediato. Quando o anjo afirma que o Senhor ressuscitou elas ficam com medo e não dão a notícia porque não creram. Maria Madalena apenas creu na mensagem do anjo quando viu Jesus ressurreto. Os demais, quando ela contou, tiveram a mesma reação que ela teve no primeiro momento. A incredulidade para as coisas de Deus é a regra para o ser humano que somente crê no que vê, ouve e sente. Os que creem em Jesus, por meio de Seu poder, são instrumentos usados para realizar milagres. Por fim, o capítulo termina incentivando que os que são dEle saiam a pregar a palavra e Deus os utilizará para operar sinais.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Marcos 15

De manhã bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma decisão. Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. "Você é o rei dos judeus? ", perguntou Pilatos. "Tu o dizes", respondeu Jesus. Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando". Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado. Por ocasião da festa, era costume soltar um prisioneiro que o povo pedisse. Um homem chamado Barrabás estava na prisão com os rebeldes que haviam cometido assassinato durante uma rebelião. A multidão chegou e pediu a Pilatos que lhe fizesse o que costumava fazer. "Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus? ", perguntou Pilatos, sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus. Mas os chefes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que Pilatos, ao contrário, soltasse Barrabás. "Então, que farei com aquele a quem vocês chamam rei dos judeus? ", perguntou-lhes Pilatos. "Crucifica-o", gritaram eles. "Por quê? Que crime ele cometeu? ", perguntou Pilatos. Mas eles gritavam ainda mais: "Crucifica-o!" Desejando agradar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado. Os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, isto é, ao Pretório e reuniram toda a tropa. Vestiram-no com um manto de púrpura, depois fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram nele. E começaram a saudá-lo: "Salve, rei dos judeus!" Batiam-lhe na cabeça com uma vara e cuspiam nele. Ajoelhavam-se e lhe prestavam adoração. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. Certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz. Levaram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira. Então lhe deram vinho misturado com mirra, mas ele não o bebeu. E o crucificaram. Dividindo as roupas dele, tiraram sortes para saber com o que cada um iria ficar. Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. E assim estava escrito na acusação contra ele: O REI DOS JUDEUS. Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda, e cumpriu-se a Escritura que diz: "Ele foi contado entre os transgressores". Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: "Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias, desça da cruz e salve-se a si mesmo!" Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, dizendo: "Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo. O Cristo, o Rei de Israel... Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos! " Os que foram crucificados com ele também o insultavam. E houve trevas sobre toda a terra, do meio dia às três horas da tarde. Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni? " que significa: "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? "
Quando alguns dos que estavam presentes ouviram isso, disseram: "Ouçam! Ele está chamando Elias". Um deles correu, embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e deu-a a Jesus para beber. E disse: "Deixem-no. Vejamos se Elias vem tirá-lo daí". Mas Jesus, com um alto brado, expirou. E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: "Realmente este homem era o Filho de Deus!" Algumas mulheres estavam observando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José. Na Galiléia elas tinham seguido e servido a Jesus. Muitas outras mulheres que tinham subido com ele para Jerusalém também estavam ali. Era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado. Ao cair da tarde, José de Arimatéia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos ficou surpreso ao ouvir que ele já tinha morrido. Chamando o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido. Sendo informado pelo centurião, entregou o corpo a José. Então José comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro. Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde ele fora colocado.



Há duas coisas a serem ressaltadas neste texto. A primeira é que Pilatos sabia da inocência de Jesus, mas ainda assim, apenas para não contrariar a multidão, deixou que Jesus morresse. A segunda é que a mesma multidão que reverenciou a Jesus pouco depois (dias) pedem sua morte. Jesus, em sua morte, recebeu um tratamento ainda pior do que de outros crucificados. Os soldados bateram nele, colocaram a coroa de espinhos e o humilharam. No momento do primeiro grito de Jesus Ele estava sentindo muito dor, não apenas física, mas moral e espiritualmente. Ele que era puro tinha se tornado o mais impuro dos humanos e sobre Ele pairava a ira de Deus. Após sua morte tudo mudou, a forma de termos acesso a Deus, a forma como o centurião que estava na frente dEle o via... Por tudo isso a história foi dividida em antes e depois de Cristo.

domingo, 25 de maio de 2014

Marcos 14

Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e para a festa dos pães sem fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em algum erro e matá-lo. Mas diziam: "Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo". Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: "Por que este desperdício de perfume? Ele poderia ser vendido por trezentos denários, e o dinheiro dado aos pobres". E a repreendiam severamente. "Deixem-na em paz", disse Jesus. "Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, e poderão ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão. Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento. Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória". Então Judas Iscariotes, um dos Doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim de lhes entregar Jesus. A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro. Assim, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo. No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: "Aonde queres que vamos e te preparemos a refeição da Páscoa?" Então ele enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: "Entrem na cidade, e um homem carregando um pote de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no e digam ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei comer a Páscoa com meus discípulos?’ Ele lhes mostrará uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós". Os discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. E prepararam a Páscoa. Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze. Quando estavam comendo, reclinados à mesa, Jesus disse: "Digo-lhes que certamente um de vocês me trairá, alguém que está comendo comigo". Eles ficaram tristes e, um por um, lhe disseram: "Com certeza não sou eu!" Afirmou Jesus: "É um dos Doze, alguém que come comigo do mesmo prato. O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido". Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, dizendo: "Tomem; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam. E lhes disse: "Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus". Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Disse-lhes Jesus: "Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas’. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia". Pedro declarou: "Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!" Respondeu Jesus: "Asseguro-lhe que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará". Mas Pedro insistia ainda mais: "Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei". E todos os outros disseram o mesmo. Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: "Sentem-se aqui enquanto vou orar". Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem". Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: "Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres". Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. "Simão", disse ele a Pedro, "você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca." Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: "Vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!" Enquanto ele ainda falava, apareceu Judas, um dos Doze. Com ele estava uma multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos. O traidor havia combinado um sinal com eles: "Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele: prendam-no e levem-no em segurança". Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: "Mestre!", e o beijou. Os homens agarraram Jesus e o prenderam. Então, um dos que estavam por perto puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha. Disse Jesus: "Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham me prender com espadas e varas? Todos os dias eu estava com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas as Escrituras precisam ser cumpridas". Então todos o abandonaram e fugiram. Um jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo a Jesus. Quando tentaram prendê-lo, ele fugiu nu, deixando o lençol para trás. Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei. Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. Sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo. Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum. Muitos testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes. Então se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele: "Nós o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens’". Mas, nem mesmo assim, o depoimento deles era coerente. Depois o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: "Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem?" Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: "Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" "Sou", disse Jesus. "E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu". O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes, perguntou: "Por que precisamos de mais testemunhas? Vocês ouviram a blasfêmia. Que acham? " Todos o julgaram digno de morte. Então alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros, diziam: "Profetize! " E os guardas o levaram, dando-lhe tapas. Estando Pedro em baixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali. Vendo Pedro a aquecer-se, olhou bem para ele e disse: "Você também estava com Jesus, o Nazareno". Contudo ele o negou, dizendo: "Não o conheço, nem sei do que você está falando". E saiu para o alpendre. Quando a criada o viu lá, disse novamente aos que estavam por perto: "Esse aí é um deles". De novo ele negou. Pouco tempo depois, os que estavam sentados ali perto disseram a Pedro: "Certamente você é um deles. Você é galileu!" Ele começou a se amaldiçoar e a jurar: "Não conheço o homem de quem vocês estão falando!" E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: "Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes". E se pôs a chorar.


O capítulo começa com a mulher que entrega todo o perfume a Jesus, derramando nele. Provavelmente podemos ver como um ato de imensa gratidão provavelmente por tudo o que Jesus teria feito por ela. Temos também que ver que como o perfume era caro, talvez fosse o maior bem que ela teria. Jesus então manda seus discípulos para prepararem a festa da pascoa. Na pascoa temos a lição de que devemos comemorar a morte de Jesus, pois seu sangue e seu corpo foram entregues por nós. A festa não é somente um memorial do que Ele fez por nós, mas, também, nos remete a promessa que fez de que a próxima ceia dEle será no céu conosco. Pedro, pouco depois de Jesus dizer que todos o deixariam, afirma que manterá seu compromisso de seguir a Jesus a qualquer custo e fica triste quando ocorre a profecia. Jesus no Getsemani não fica aflito somente pelo fato de que morrerá pouco depois, mas com a ira divina que sobrevirá sobre Ele. Na chance que tiveram os fariseus prenderam a Jesus e tentaram incriminá-lo, mas não havia crime cometido e muito menos testemunha de algo errado. Quando Pedro percebeu que negara a Jesus o texto diz que começou a chorar. Quando viu que abandonou seu mestre e para salvar a própria pele preferiu negá-lo entristeceu-se profundamente.

sábado, 24 de maio de 2014

Marcos 13

Quando ele estava saindo do templo, um de seus discípulos lhe disse: "Olha, Mestre! Que pedras enormes! Que construções magníficas!" "Você está vendo todas estas grandes construções? ", perguntou Jesus. "Aqui não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas". Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, de frente para o templo, Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: "Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que tudo isso está prestes a cumprir-se?" Jesus lhes disse: "Cuidado, que ninguém os engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu! ’ e enganarão a muitos. Quando ouvirem falar de guerras e rumores de guerras, não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Essas coisas são o início das dores. "Fiquem atentos, pois vocês serão entregues aos tribunais e serão açoitados nas sinagogas. Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e reis, como testemunho a eles. E é necessário que antes o evangelho seja pregado a todas as nações. Sempre que forem presos e levados a julgamento, não fiquem preocupados com o que vão dizer. Digam tão-somente o que lhes for dado naquela hora, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito Santo. "O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele que perseverar até o fim será salvo. "Quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’ no lugar onde não deve estar — quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes. Quem estiver no telhado de sua casa não desça nem entre em casa para tirar dela coisa alguma. Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Orem para que essas coisas não aconteçam no inverno. Porque aqueles serão dias de tribulação como nunca houve desde que Deus criou o mundo até agora, nem jamais haverá. Se o Senhor não tivesse abreviado tais dias, ninguém sobreviveria. Mas, por causa dos eleitos por ele escolhidos, ele os abreviou. Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo! ’ ou: ‘Vejam, ali está ele! ’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente. "Mas naqueles dias, após aquela tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’. "Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. "Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem estas coisas acontecendo, saibam que ele está próximo, às portas. Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão". "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai. Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo. É como um homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!"


Jesus após o comentário de seu discípulo profetiza a destruição do templo (que ocorreu em 70 d.C.). Com isso começa a falar sobre o final dos tempos e descreve coisas que aconteceriam antes. Vale ressaltar que guerras, fomes, tribulações, etc já aconteciam a época não sendo coisa recente, ao contrário do que algumas pessoas dizem ao ler este trecho. No que se refere a falsos messias, muito antes de Jesus vir já havia aparecido, pelo menos, alguns. O "requisito" para o retorno de Jesus é a pregação do evangelho a todos os povos, não a todas as pessoas, até porque a todo segundo nascem muitas crianças em todo o mundo. O final dos tempos será marcado pela grande aflição. No versículo 30 quando Jesus diz que a geração atual não passará sem que tudo que fora descrito aconteça deve ser interpretado a partir do termo grego gnea que pode ser traduzido como geração, povo, raça. Assim, o povo de Israel não passará, não deixará de existir até que tudo tenha ocorrido. Por fim há a palavra de Jesus de ORDEM para que oremos e vigiemos. Isto quer dizer que devemos constantemente estar atentos aos sinais e intimamente ligados a Deus em oração para que não sejamos surpreendidos com o seu retorno.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Marcos 12

Então Jesus começou a lhes falar por parábolas: "Certo homem plantou uma vinha, colocou uma cerca ao redor dela, cavou um tanque para prensar as uvas e construiu uma torre. Depois arrendou a vinha a alguns lavradores e foi fazer uma viagem. Na época da colheita, enviou um servo aos lavradores, para receber deles parte do fruto da vinha. Mas eles o agarraram e espancaram, e o mandaram embora de mãos vazias. Então enviou-lhes outro servo; e lhe bateram na cabeça e o humilharam. E enviou ainda outro, o qual mataram. Enviou muitos outros; em alguns bateram, a outros mataram. "Faltava-lhe ainda um para enviar: seu filho amado. Por fim o enviou, dizendo: ‘A meu filho respeitarão’. "Mas os lavradores disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Venham, vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Assim eles o agarraram, e o mataram, e o lançaram para fora da vinha. "O que fará então o dono da vinha? Virá e matará aqueles lavradores e dará a vinha a outros. Vocês nunca leram esta passagem das Escrituras? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós’ ". Então começaram a procurar um meio de prendê-lo, pois perceberam que era contra eles que ele havia contado aquela parábola. Mas tinham medo da multidão; por isso o deixaram e foram embora. Mais tarde enviaram a Jesus alguns dos fariseus e herodianos para o apanharem em alguma coisa que ele dissesse. Estes se aproximaram dele e disseram: "Mestre, sabemos que és íntegro e que não te deixas influenciar por ninguém, porque não te prendes à aparência dos homens, mas ensinas o caminho de Deus conforme a verdade. É certo pagar imposto a César ou não? Devemos pagar ou não? " Mas Jesus, percebendo a hipocrisia deles, perguntou: "Por que vocês estão me pondo à prova? Tragam-me um denário para que eu o veja". Eles lhe trouxeram a moeda, e ele lhes perguntou: "De quem é esta imagem e esta inscrição? " "De César", responderam eles. Então Jesus lhes disse: "Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". E ficaram admirados com ele. Depois os saduceus, que dizem que não há ressurreição, aproximaram-se dele com a seguinte questão: "Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de um homem morrer e deixar mulher sem filhos, este deverá casar-se com a viúva e ter filhos para seu irmão. Havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem deixar filhos. O segundo casou-se com a viúva, mas também morreu sem deixar filhos. O mesmo aconteceu com o terceiro. Nenhum dos sete deixou filhos. Finalmente, morreu também a mulher. Na ressurreição, de quem ela será esposa, visto que os sete foram casados com ela?" Jesus respondeu: "Vocês estão enganados! Pois não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus! Quando os mortos ressuscitam, não se casam nem são dados em casamento, mas são como os anjos nos céus. Quanto à ressurreição dos mortos, vocês não leram no livro de Moisés, no relato da sarça, como Deus lhe disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’? Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vocês estão muito enganados!" Um dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe: "De todos os mandamentos, qual é o mais importante?" Respondeu Jesus: "O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes". "Muito bem, mestre", disse o homem. "Estás certo ao dizeres que Deus é único e que não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças, e amar ao próximo como a si mesmo é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas". Vendo que ele tinha respondido sabiamente, Jesus lhe disse: "Você não está longe do Reino de Deus". Daí por diante ninguém mais ousava lhe fazer perguntas. Ensinando no templo, Jesus perguntou: "Como os mestres da lei dizem que o Cristo é filho de Davi? O próprio Davi, falando pelo Espírito Santo, disse: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés’. O próprio Davi o chama ‘Senhor’. Como pode, então, ser ele seu filho? " E a grande multidão o ouvia com prazer. Ao ensinar, Jesus dizia: "Cuidado com os mestres da lei. Eles fazem questão de andar com roupas especiais, de receber saudações nas praças e de ocupar os lugares mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Esses receberão condenação mais severa!" Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor. Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver".

O texto inicia com a parábola contra os fariseus e falando daqueles que rejeitaram os profetas enviados por Deus e por Seu filho. É curioso como após este episódio tipos distintos da sociedade da época (fariseus, saduceus e herodianos) se juntam para tentar pegar Jesus. Neste momento tentam fazer Jesus rebelar-se contra Roma ao dizer que não pagassem o imposto (o que poderia levá-lo a prisão), ou que fizesse as pessoas do povo o odiarem por apoiar o opressor ao mandar pagar. Também é interessante vermos a resposta de Jesus aos saduceus pois muitos deixaram de estudar as escrituras apegando-se apenas as interpretações passadas de geração em geração. Jesus no final nos ensina duas coisas: a, principalmente, os que estão em posição de exposição a não serem orgulhosos crendo serem merecedores de alguma coisa que outros em posição mais humilde não o sejam; a outra é que o coração é o real termômetro de nossas atitudes. Estas jamais valerão algo se forem feitas por mero ritual.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Marcos 11

Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé e Betânia, perto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: "Vão ao povoado que está adiante de vocês; logo que entrarem, encontrarão um jumentinho amarrado, no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no aqui. Se alguém lhes perguntar: ‘Por que vocês estão fazendo isso? ’ digam-lhe: ‘O Senhor precisa dele e logo o devolverá’". Eles foram e encontraram um jumentinho, na rua, amarrado a um portão. Enquanto o desamarravam, alguns dos que ali estavam lhes perguntaram: "O que vocês estão fazendo, desamarrando esse jumentinho?" Os discípulos responderam como Jesus lhes tinha dito, e eles os deixaram ir. Trouxeram o jumentinho a Jesus, puseram sobre ele os seus mantos; e Jesus montou. Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam cortado nos campos. Os que iam adiante dele e os que o seguiam gritavam: "Hosana! " "Bendito é o que vem em nome do Senhor!" "Bendito é o Reino vindouro de nosso pai Davi! " "Hosana nas alturas!" Jesus entrou em Jerusalém e dirigiu-se ao templo. Observou tudo à sua volta e, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze. No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome. Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. Então lhe disse: "Ninguém mais coma de seu fruto". E os seus discípulos ouviram-no dizer isso. Chegando a Jerusalém, Jesus entrou no templo e ali começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo. E os ensinava, dizendo: "Não está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? Mas vocês fizeram dela um covil de ladrões". Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei ouviram essas palavras e começaram a procurar uma forma de matá-lo, pois o temiam, visto que toda a multidão estava maravilhada com o seu ensino. Ao cair da tarde, eles saíram da cidade. De manhã, ao passarem, viram a figueira seca desde as raízes. Lembrando-se Pedro, disse a Jesus: "Mestre! Vê! A figueira que amaldiçoaste secou!" Respondeu Jesus: "Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados". Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados. Chegaram novamente a Jerusalém e, quando Jesus estava passando pelo templo, aproximaram-se dele os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos e perguntaram. "Com que autoridade estás fazendo estas coisas? Quem te deu autoridade para fazê-las?" Respondeu Jesus: "Eu lhes farei uma pergunta. Respondam-me, e eu lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Digam-me!" Eles discutiam entre si, dizendo: "Se dissermos: ‘do céu’, ele perguntará: ‘Então por que vocês não creram nele?’ Mas se dissermos: ‘dos homens’... " Eles temiam o povo, pois todos realmente consideravam João um profeta. Eles responderam a Jesus: "Não sabemos". Disse então Jesus: "Tampouco lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas".


O ritual feito por Jesus era extremamente comum para reis, exceto por alguns detalhes. Jesus monta um jumento enquanto reis montavam um cavalo de raça, também jamais montado. Sua entrada em Jerusalém foi digna de um rei. O tratamento que lhe fora dado era um reconhecimento por parte da população de que fora enviado por Deus, algo que logo foi esquecido quando pediram sua crucificação. Jesus, ao amaldiçoar a figueira, estava ensinando que os cristãos devem dar frutos, senão ficarão caracterizados que não o são e somente servirão para serem lançados no fogo (Gl 5.22-23). O episódio do templo ocorreu porque as pessoas, assim como ocorre hoje em dia, começaram a transformar o culto a Deus em negócio, em forma de enriquecerem-se. A única diferença é que na época vendiam dentro do templo as coisas dos sacrifícios e hoje vendem livros, CDs e até bençãos. O problema em si não está em vender artigos religiosos, mas em transformar a venda de tais itens (exceto as bençãos prometidas) como principal motivo da existência do templo. Quando Jesus diz no versículo 24 que tudo que pedirmos em oração receberemos devemos interpretar este texto combinando com Tiago 4.3. Não é simplesmente pedir com fé que recebemos, mas precisamos pedir bem, ou seja, de acordo com a vontade de Deus.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Marcos 10

Então Jesus saiu dali e foi para a região da Judéia e para o outro lado do Jordão. Novamente uma multidão veio a ele e, segundo o seu costume, ele a ensinava. Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova, perguntando: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher?" "O que Moisés lhes ordenou? ", perguntou ele. Eles disseram: "Moisés permitiu que o homem desse uma certidão de divórcio e a mandasse embora". Respondeu Jesus: "Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês. Mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe". Quando estava em casa novamente, os discípulos interrogaram Jesus sobre o mesmo assunto. Ele respondeu: "Todo aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela. E se ela se divorciar de seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério". Alguns traziam crianças a Jesus para que ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam. Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: "Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele". Em seguida, tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou. Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção, pôs-se de joelhos diante dele e lhe perguntou: "Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus. Você conhece os mandamentos: ‘não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe’". E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência". Jesus olhou para ele e o amou. "Falta-lhe uma coisa", disse ele. "Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me". Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: "Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!" Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Os discípulos ficaram perplexos, e perguntavam uns aos outros: "Neste caso, quem pode ser salvo? " Jesus olhou para eles e respondeu: "Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus". Então Pedro começou a dizer-lhe: "Nós deixamos tudo para seguir-te". Respondeu Jesus: "Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho, deixará de receber cem vezes mais já no tempo presente casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão últimos, e os últimos serão primeiros". Eles estavam subindo para Jerusalém, e Jesus ia à frente. Os discípulos estavam admirados, enquanto os que o seguiam estavam com medo. Novamente ele chamou à parte os Doze e lhes disse o que haveria de lhe acontecer: "Estamos subindo para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios, que zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. Três dias depois ele ressuscitará". Nisso Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: "Mestre, queremos que nos faças o que vamos te pedir". "O que vocês querem que eu lhes faça? ", perguntou ele. Eles responderam: "Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda". Disse-lhes Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu estou bebendo ou ser batizados com o batismo com que estou sendo batizado?" "Podemos", responderam eles. Jesus lhes disse: "Vocês beberão o cálice que estou bebendo e serão batizados com o batismo com que estou sendo batizado; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados". Quando os outros dez ouviram essas coisas, ficaram indignados com Tiago e João. Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Então chegaram a Jericó. Quando Jesus e seus discípulos, juntamente com uma grande multidão, estavam saindo da cidade, o filho de Timeu, Bartimeu, que era cego, estava sentado à beira do caminho pedindo esmolas. Quando ouviu que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Muitos o repreendiam para que ficasse quieto, mas ele gritava ainda mais: "Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Jesus parou e disse: "Chamem-no". E chamaram o cego: "Ânimo! Levante-se! Ele o está chamando". Lançando sua capa para o lado, de um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus. "O que você quer que eu lhe faça? ", perguntou-lhe Jesus. O cego respondeu: "Mestre, eu quero ver!" "Vá", disse Jesus, "a sua fé o curou". Imediatamente ele recuperou a visão e seguia a Jesus pelo caminho.


Na primeira história deste capítulo, Jesus nos ensina que o divórcio não deve acontecer. Uma vez que o casal deixa de ser 2 indivíduos e se torna 1, este separado não voltará a ser 1 novamente, ele sai da relação sendo apenas parte do que era. Seu cônjuge é a outra metade. Na segunda, Jesus nos exorta a sermos como crianças para entrarmos no reino de Deus. Apesar das diversas interpretações possíveis, podemos dizer que devemos ser inocentes, não ter maldade no coração pois neste caso transbordaríamos maldade (Mt 12.34). Também podemos ler como falta de pedras nas mãos, as crianças quando são corrigidas, não vem com pedras para se defender, mas tomam para si o que é dito. Na terceira história, o homem rico, se percebermos, se diz cumpridor de todos os mandamentos, todavia, no versículo 19 há apenas menção aos 5 mandamentos que se referem no trato para com o próximo. Ele até estava próximo das pessoas ao seu redor, mas ainda estava distante de Deus. Simplesmente fazer o bem não é suficiente, é necessário que Deus seja colocado no trono de nossas vidas, para que façamos parte de Seu reino. Diante do pedido dos discípulos Jesus inverte, mais uma vez, a lógica do maior e do menor para Deus. Se o Senhor veio servir, não é aquele que manda, que é servido que é o maior no reino de Deus. A última história, do cego, é importante ser destacada. Bartimeu (bar - filho e Timeu muito estimado)talvez não fosse o nome dele, e, no caso de ser, é interessante observar como um "filho muito estimado" é abandonado na porta da cidade por causa de sua deficiência. Todavia apesar de tudo isso ele é desprezado pelo povo que rodeava Jesus, mas não pelo mestre. Jesus muito o estimou, escutou seu clamor no meio da multidão que fazia grande barulho e teve misericórdia do homem. Ele foi curado e diante do milagre tornou-se mais um seguidor de Jesus.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Marcos 9

E lhes disse: "Garanto-lhes que alguns dos que aqui estão de modo nenhum experimentarão a morte, antes de verem o Reino de Deus vindo com poder". Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou a um alto monte, onde ficaram a sós. Ali ele foi transfigurado diante deles. Suas roupas se tornaram brancas, de um branco resplandecente, como nenhum lavandeiro no mundo seria capaz de branqueá-las. E apareceram diante deles Elias e Moisés, os quais conversavam com Jesus. Então Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias". Ele não sabia o que dizer, pois estavam apavorados. A seguir apareceu uma nuvem e os envolveu, e dela saiu uma voz, que disse: "Este é o meu Filho amado. Ouçam-no!" Repentinamente, quando olharam ao redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles guardaram o assunto apenas entre si, discutindo o que significaria "ressuscitar dos mortos". E lhe perguntaram: "Por que os mestres da lei dizem que é necessário que Elias venha primeiro?" Jesus respondeu: "De fato, Elias vem primeiro e restaura todas as coisas. Então, por que está escrito que é necessário que o Filho do homem sofra muito e seja rejeitado com desprezo? Mas eu lhes digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como está escrito a seu respeito". Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles. Logo que todo o povo viu Jesus, ficou muito surpreso e correu para saudá-lo. Perguntou Jesus: "O que vocês estão discutindo?" Um homem, no meio da multidão, respondeu: "Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram". Respondeu Jesus: "Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino". Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca. Jesus perguntou ao pai do menino: "Há quanto tempo ele está assim? " "Desde a infância", respondeu ele. "Muitas vezes o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos." "Se podes? ", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê." Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!" Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: "Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele". O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, a ponto de muitos dizerem: "Ele morreu". Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé. Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: "Por que não conseguimos expulsá-lo?" Ele respondeu: "Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum". Eles saíram daquele lugar e atravessaram a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde eles estavam, porque estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: "O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, e três dias depois ele ressuscitará". Mas eles não entendiam o que ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe. E chegaram a Cafarnaum. Quando ele estava em casa, perguntou-lhes: "O que vocês estavam discutindo no caminho?" Mas eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior. Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos". E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles. Pegando-a nos braços, disse-lhes: "Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, não está apenas me recebendo, mas também àquele que me enviou". "Mestre", disse João, "vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos." "Não o impeçam", disse Jesus. "Ninguém que faça um milagre em meu nome, pode falar mal de mim logo em seguida, pois quem não é contra nós está a nosso favor. Eu lhes digo a verdade: Quem lhes der um copo de água em meu nome, por vocês pertencerem a Cristo, de modo nenhum perderá a sua recompensa." "Se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, seria melhor que fosse lançado no mar com uma grande pedra amarrada no pescoço. Se a sua mão o fizer tropeçar, corte-a. É melhor entrar na vida mutilado do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga, onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga. E se o seu pé o fizer tropeçar, corte-o. É melhor entrar na vida aleijado do que, tendo os dois pés, ser lançado no inferno. onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga. E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o. É melhor entrar no Reino de Deus com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no inferno, onde ‘o seu verme não morre, e o fogo não se apaga’. Cada um será salgado com fogo. "O sal é bom, mas se deixar de ser salgado, como restaurar o seu sabor? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros".


Há três trechos deste capítulo a serem ressaltados. O primeiro é o poder e a necessidade da oração para o cristão. Há coisas que somente uma pessoa que tem uma vida de oração pode fazer. A outra é a inversão de paradigmas do Reino de Deus. Lá, o maior é quem serve e não o que é servido. Por fim, devemos saber o que nos afasta de Deus para que nos afastemos destas coisas. Só há duas possibilidades, ou estarmos apegados a Deus e longe do pecado ou junto do pecado e longe de Deus. Em ambas opções a consequência é eterna.