quinta-feira, 3 de junho de 2010

Salmos 102

[Oração do aflito, vendo-se desfalecido, e derramando a sua queixa perante a face do SENHOR] SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor. Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa. Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha. O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão. Por causa da voz do meu gemido os meus ossos se apegam à minha pele. Sou semelhante ao pelicano no deserto; sou como um mocho nas solidões. Vigio, sou como o pardal solitário no telhado. Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que se enfurecem contra mim têm jurado contra mim. Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida, por causa da tua ira e da tua indignação, pois tu me levantaste e me arremessaste. Os meus dias são como a sombra que declina, e como a erva me vou secando. Mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, a tua memória de geração em geração. Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado, já chegou. Porque os teus servos têm prazer nas suas pedras, e se compadecem do seu pó. Então os gentios temerão o nome do SENHOR, e todos os reis da terra a tua glória. Quando o SENHOR edificar a Sião, aparecerá na sua glória. Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a sua oração. Isto se escreverá para a geração futura; e o povo que se criar louvará ao SENHOR. Pois olhou desde o alto do seu santuário, desde os céus o SENHOR contemplou a terra, para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte; para anunciarem o nome do SENHOR em Sião, e o seu louvor em Jerusalém, quando os povos se ajuntarem, e os reinos, para servirem ao SENHOR. Abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias. Dizia eu: Meu Deus, não me leves no meio dos meus dias, os teus anos são por todas as gerações. Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim. Os filhos dos teus servos continuarão, e a sua semente ficará firmada perante ti.


O salmista clama a Deus por estar sofrendo e reconhece a grandeza dEle e sua pequenez. Ele nos lembra que somos seres finitos, passageiros e mutáveis ao contrário de Deus que é infinito, soberano, imutável e eterno. Apesar de tudo isto, Ele se importa conosco, escuta nossa oração e a atende.

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