quarta-feira, 13 de junho de 2012

Hebreus 1

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, e de seus ministros labareda de fogo. Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão. E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?



O livro de Hebreus não tem um autor definido. Os estudiosos divergem de sua autoria, todavia, não é porque o livro foi escrito por uma ou outra pessoa que ele será ou não divinamente inspirado. Com relação ao texto, há algumas verdades que têm que serem destacadas. A primeira é que Deus sempre se manifestou a nós. Desde a antiguidade Ele fala conosco. Não há uma única e definitiva forma, mas de diversas formas. Falou utilizando profetas, falou por meio de Seu filho encarnado, fala por meio das escrituras, fala aos nossos corações... Outra verdade é que Seu Filho, eternamente gerado, ou seja, que sempre existiu, não é criatura, mas criador, esteve na criação do mundo (Gn 1). E este que esteve na criação é infinitamente superior aos anjos e por isso digno de adoração. Jesus não foi um ser humano que era superior, que recebeu um algo a mais. Ele era Deus encarnado, Deus em forma humana e por isso mais excelente do que os anjos. Algumas pessoas não entendem Jesus como Deus, mas como um grande profeta, talvez até um semi-deus (como dos gregos), mas não alguém em quem há plenitude de poderes que abdicou de usá-los para benefício próprio enquanto encarnado.

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