terça-feira, 16 de outubro de 2012

Oséias 2

"Chamem a seus irmãos ‘meu povo’, e a suas irmãs ‘minhas amadas’. "Repreendam sua mãe, repreendam-na, pois ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido. Retire ela do rosto a aparência adúltera e do meio dos seios a infidelidade. Do contrário, eu a deixarei nua, como no dia em que nasceu; eu farei dela um deserto, eu a transformarei em terra ressequida, e a matarei de sede. Não tratarei com amor os seus filhos, porque são filhos de adultério. A mãe deles foi infiel, engravidou deles e está coberta de vergonha. Pois ela disse: ‘Irei atrás dos meus amantes, que me dão comida, água, lã, linho, azeite e bebida’. Por isso bloquearei o caminho dela com espinheiros; eu a cercarei de tal modo que ela não poderá encontrar o seu caminho. Ela correrá atrás dos seus amantes, mas não os alcançará; procurará por eles, mas não os encontrará. Então ela dirá: ‘Voltarei para o meu marido como no início, pois eu estava bem melhor do que agora’. Ela não reconheceu que fui eu quem lhe deu o trigo, o vinho e o azeite, quem a cobriu de ouro e de prata, que eles usaram para Baal. "Por isso levarei o meu trigo quando ele ficar maduro, e o meu vinho quando ficar pronto. Arrancarei dela minha lã e meu linho, que serviam para cobrir a sua nudez. Agora, pois, vou expor a sua lascívia diante dos olhos dos seus amantes; ninguém a livrará das minhas mãos. Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais, suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas. Arruinarei suas videiras e suas figueiras, que, segundo ela, foi pagamento recebido de seus amantes; farei delas um matagal, e os animais selvagens as devorarão. Eu a castigarei pelos dias em que ela queimou incenso aos baalins; ela se enfeitou com anéis e jóias, e foi atrás dos seus amantes, mas de mim, ela se esqueceu", declara o Senhor. "Portanto, agora vou atraí-la; vou levá-la para o deserto e vou falar-lhe com carinho. Ali devolverei a ela as suas vinhas, e farei do vale de Açor uma porta de esperança. Ali ela me responderá como nos dias de sua infância, como no dia em que saiu do Egito. "Naquele dia", declara o Senhor, "você me chamará ‘meu marido’; não me chamará mais ‘meu senhor’. Tirarei dos seus lábios os nomes dos baalins; seus nomes não serão mais invocados. Naquele dia farei em favor deles um acordo com os animais do campo, com as aves do céu e com os animais que rastejam pelo chão. Arco, espada e guerra, eu os abolirei da terra, para que todos possam viver em paz. Eu me casarei com você para sempre; eu me casarei com você com justiça e retidão, com amor e compaixão. Eu me casarei com você com fidelidade, e você reconhecerá o Senhor. "Naquele dia eu responderei", declara o Senhor. "Responderei aos céus, e eles responderão à terra; e a terra responderá ao cereal, ao vinho e ao azeite, e eles responderão a Jezreel. Eu a plantarei para mim mesmo na terra; tratarei com amor aquela que chamei Não amada. Direi àquele chamado ‘Não-meu-povo’: Você é meu povo; e ele dirá: ‘Tu és o meu Deus’."



O profeta demonstra a sua mulher um sentimento de amor e ira, assim como Deus para com Israel. O adultério de Israel era atribuir aos deuses tudo o que Deus lhes dava. O castigo de Deus tinha por fim trazer a Israel de volta. Há uma necessidade de Deus demonstrar misericórdia por causa do pecado do homem. Em consequência do arrependimento do povo, Deus se volta a Israel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário