quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eclesiastes 1

Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois. Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito. Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular. Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento. E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.


Salomão ao escrever o livro de Eclesiastes, provavelmente já com certa idade, faz observações sobre tudo o que vê. Isto inclui tanto afirmar que tudo é passageiro, efêmero, como que não há coisas novas ocorrendo. Quando diz "vaidade das vaidades" ele quer mostrar quão passageiro é, já que a palavra hebraica para vaidade pode ser traduzida também como vapor, fumaça, coisas deste tipo que aparecem e somem em segundos. Salomão também mostra a visão cíclica que é típica dos hebreus, isto é, tudo ocorre de forma semelhante, o sol nasce passa por nós durante o dia e logo está nascendo de novo, da mesma forma com os homens com suas ações, sempre correndo atrás do vento, errando nas mesmas coisas que outros erraram. Salomão por fim fala que a sabedoria gera aflição de espírito, claro que isto se buscado incessantemente, e isto nos remete a I Co 1 que afirma que a sabedoria humana é loucura pra Deus. Como podemos querer ser o mais sábio dos homens sem ser louco para Deus? Ou temos buscado a sabedoria divina que é loucura para os homens?

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