domingo, 7 de fevereiro de 2010

Eclesiastes 5

Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras. Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras. Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não cumprires. Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos? Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu teme a Deus. Se vires em alguma província opressão do pobre, e violência do direito e da justiça, não te admires de tal procedimento; pois quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos do que eles. O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo. Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade. Onde os bens se multiplicam, ali se multiplicam também os que deles comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que os ver com os seus olhos? Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir. Há um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o seu próprio dano; porque as mesmas riquezas se perdem por qualquer má ventura, e havendo algum filho nada lhe fica na sua mão. Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão. Assim que também isto é um grave mal que, justamente como veio, assim há de ir; e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento, e de haver comido todos os seus dias nas trevas, e de haver padecido muito enfado, e enfermidade, e furor? Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias de vida que Deus lhe deu, porque esta é a sua porção. E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus. Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida; porquanto Deus lhe enche de alegria o seu coração.


Aquele que entra no templo para ouvir mais sobre Deus e aprender sobre Ele agrada mais a Deus do que aquele que oferece sacrifícios. Devemos aprender com Salomão que ao falar com Deus devemos ter sabedoria, para que se prometermos algo realmente cumpramos. Isto nos remete ao ensinamento de Jesus para ao orarmos não pronunciarmos palavras em vão, conforme Mateus 6, mas que saibamos o que dizemos, que falemos palavras em temor a Deus. Ao afirmar que o trabalhador comendo muito ou pouco tem doce sono e o rico em sua fartura não consegue dormir, significa que aquele que muito tem, em regra, sempre se preocupa em no dia seguinte ter ainda mais e também em vigiar para que não roubem sua fartura. Nos versículos 14 e 15 vemos uma possível fonte de inspiração de Jesus para contar a parábola do filho pródigo. Aquele que possui bens e riquezas deve desfrutar delas de forma sábia, já que são passageiras, principalmente porque a qualquer instante elas podem acabar.

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