sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Isaías 7

Quando Acaz, filho de Jotão, e neto de Uzias, era rei de Judá, o rei Rezim, da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, atacaram Jerusalém, mas não puderam vencê-la. Informaram ao rei: "A Síria montou acampamento em Efraim". Com isso o coração de Acaz e do seu povo agitou-se, como as árvores da floresta agitam-se com o vento. Então o Senhor disse a Isaías: "Saiam, você e seu filho Sear-Jasube, e vão encontrar-se com Acaz no final do aqueduto do açude Superior, na estrada que vai para o campo do Lavandeiro. Diga a ele: ‘Tenha cuidado, acalme-se e não tenha medo. Que o seu coração não se desanime por causa do furor destes restos de lenha fumegantes: Rezim, a Síria e o filho de Remalias. "‘Porque a Síria, Efraim e o filho de Remalias têm tramado a sua ruína, dizendo: "Vamos invadir o reino de Judá; vamos rasgá-lo e dividi-lo entre nós, e fazer o filho de Tabeel reinar sobre ele". Assim diz o Soberano Senhor: "‘Não será assim, isso não acontecerá, pois a cabeça da Síria é Damasco, e a cabeça de Damasco é Rezim. Em sessenta e cinco anos Efraim estará destruído demais para ser um povo. A cabeça de Efraim é Samaria, e a cabeça de Samaria é o filho de Remalias. Se vocês não ficarem firmes na fé, com certeza não resistirão!’" Disse ainda o Senhor a Acaz: "Peça ao Senhor, ao seu Deus, um sinal miraculoso, seja das maiores profundezas, seja das alturas mais elevadas". Mas Acaz disse: "Não pedirei; não porei o Senhor à prova". Disse então Isaías: "Ouçam agora, descendentes de Davi! Não basta abusarem da paciência dos homens? Também vão abusar da paciência do meu Deus? Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel. Ele comerá coalhada e mel até a idade em que saiba rejeitar o erro e escolher o que é certo. Mas antes que o menino saiba rejeitar o erro e escolher o que é certo, a terra dos dois reis que você teme ficará deserta. O Senhor trará o rei da Assíria sobre você e sobre o seu povo e sobre a descendência de seu pai. Serão dias como nunca houve, desde que Efraim se separou de Judá". Naquele dia o Senhor assobiará para chamar as moscas dos distantes rios do Egito e as abelhas da Assíria. Todas virão e pousarão nos vales íngremes e nas fendas das rochas, em todos os espinheiros e em todas as cisternas. Naquele dia o Senhor utilizará uma navalha alugada de além do Eufrates, o rei da Assíria, para rapar a sua cabeça e os pêlos de suas pernas e da sua barba. Naquele dia o homem que tiver uma vaca e duas cabras terá coalhada para comer, graças à fartura de leite que elas darão. Todos os que ficarem na terra comerão coalhada e mel. Naquele dia, todo lugar onde havia mil videiras no valor de doze quilos de prata será deixado para as roseiras bravas e para os espinheiros. Os homens entrarão ali com arcos e flechas, pois todo o país estará coberto de roseiras bravas e de espinheiros. E às colinas antes lavradas com enxada você não irá mais, porque terá medo das roseiras bravas e dos espinheiros; nesses lugares os bois ficarão à solta e as ovelhas correrão livremente.


Neste momento o rei da Síria e de Israel resolvem atacar Judá. Isaías diz que em 65 anos Israel seria totalmente destruído pelo domínio do povo assírio. A profecia feita no capítulo tem um duplo cumprimento (no A.T. e no N.T.). O sinal que Deus dará é que a noiva de Isaías (que seria a 2ª esposa após a morte da primeira ao dar a luz a Sear-Jasube) lhe daria um filho. O nascimento dessa criança (Emanuel, filho de Isaías) seria o sinal da salvação de Deus para seu povo naquele instante. O cumprimento da profecia no Novo Testamento se refere a salvação é de forma mais ampliada (não uma salvação "política"). A parte final do texto traz uma linguagem figurada da manifestação do dia do Senhor, no qual a Assíria invadiria Judá.

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